"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 3 de dezembro de 2011

GERALDO ALCKIMIN: "O LULA NÃO ELEGE FERNANDO HADDAD"

( foto do dr. da tese do "casco duro")

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) acha que a interferência de “forças externas” não definirá os rumos da eleição na capital paulista.

Em entrevista a Marília Gabriela, Alckmin disse que é equivocada a tese segundo a qual “fulano vai eleger cicrano ou beltrano”.

Provocado, o governador foi ao ponto: “O Lula não elege Fernando Haddad. O Geraldo Alckmin não elege tucano.”

Para ele, “ou as lideranças conquistam a confiança do eleitor ou não vão ganhar a eleição. Essa transferência de prestígio é muito pequena.”

A entrevistadora fez cara de dúvida. E Alckmin: a interferência “pesa mais [quando a disputa é] para o mesmo cargo..."

"...É inegavel que o Lula teve peso na eleição da presidenta Dilma. Mas aí não é o presidente indicando prefeito ou o governador indicando prefeito. É o mesmo cargo. É diferente.”

Na teoria de Alckmin, “o povo separa muito bem o que é município, o que é Estado e o que é governo federal.”

Recolheu exemplos do histórico do seu próprio partido: “Em 92, o PSDB foi muito mal para a prefeitura de São Paulo…”

“…Dois anos depois, [o partido] ganhou o governo do Estado e a presidência da República no primeiro turno...”

“…Em 2006, o [José] Serra foi muito bem, ganhou o governo do Estado. Em 2008, eu não fui nem para o segundo turno para prefeito de São Paulo..."

"...Em 2010, me elegi governador no primeiro turno.”

A transfusão de prestígio de Lula para o novato Haddad é, hoje, o principal pilar da tática de campanha do PT para a disputa de São Paulo.

Em entrevista concedida na noite passada, em Belo Horizonte, o presidente do PT, Rui Falcão, celebrou um dado sem contar de onde o extraiu:

“Na capital de São Paulo, pela primeira vez, Lula e Dilma têm mais influência na decisão de voto do que o governador Alckmin. Nunca tinha acontecido isso na capital.”

Josias de Souza - Folha Online

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