"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O REGIME PETISTA CHEFIADO POR LULA/DILMA FORA DA TELINHA


Longe da telinha da tv, que mostra a propaganda do regime petista vendendo um país que não existe e, isto com o dinheiro do contribuinte, a realidade do nosso país é bem diversa. É a mesma daqueles que vendem que o Brasil tem o melhor futebol do mundo. É só enfrentar o Barcelona que a máscara cai.

Neste caso, basta uma análise de um economista mostrando fatos incontestáveis. Leiam abaixo e aqueles que colocaram este regime no poder poderão notar a besteira que fizeram:

2011: O GOVERNO FEDERAL!

1. O ano de 2011 foi um ano perdido para o governo federal, seja do ponto de vista político ou econômico. Do ponto de vista econômico, apesar de todos os indicadores internos e externos apontarem para um ano recessivo, o governo insistiu em manter um discurso otimista para criar expectativas. Só que ele mesmo se convenceu disso e manteve a simples rolagem da política econômica anterior. No final do ano, quando se deu conta que a situação era grave, é que vieram as medidas, mas de forma pontual e atabalhoada. Os fatos atropelaram o governo federal.

2. O crescimento de 7,5% produzido no ano eleitoral de 2010, a golpes de populismo fiscal e cambial, era insustentável. A inflação antecipou os fatos. Em nossas análises antecipamos isso desde o final de 2010 usando a renúncia do presidente do Banco Central como referência. Os fatos confirmaram as projeções.
O Brasil, ao responder a crise de 2008 com medidas de keynesianismo juvenil, perdeu a oportunidade de investir em infraestrutura, reduzindo o "custo Brasil".
A indústria brasileira perdeu competitividade e sua balança comercial saiu de um superávit de 18 bilhões de dólares em 2006 para um déficit de 80 bilhões de dólares em 2011. Quase 100 bilhões de dólares de "gap" em 5 anos. E a bolha de crédito só não estourou -ainda- pela rolagem da inadimplência.

3. O desembolso do BNDES para a Indústria em 2011 foi reduzido a menos da metade de 2010. O déficit em conta corrente subiu para quase 55 bilhões de dólares e as projeções do Banco Central para 2012 são de 65 bilhões de dólares, ou 3,5% do PIB, um dado semelhante a países europeus em crise.
O PIB em 2011 não crescerá 3% e nos últimos meses o crescimento foi nulo. Para 2012, logo após a presidente oferecer números otimistas, o próprio Banco Central reduziu para números mais realistas.

4. No entanto, o impacto progressivo da crise europeia, com refluxo do crédito e retorno de capitais, leva 2012, na melhor hipótese, para o mesmo crescimento de 2011. O patamar inflacionário com que se trabalhou em 2011, no entorno de 7%, será mitigado pela própria recessão.
Mas se o ano eleitoral levar a um novo açodamento keynesiano, nem isso se conseguirá. E uma incerteza adicional vem com a bolha chinesa de crédito e o arrefecimento da taxa de crescimento que, de uma ou outra maneira, afetará o crescimento das exportações brasileiras.
A associação dos exportadores projeta, em 2012, um superávit comercial de apenas 3 bilhões de dólares. A crise internacional já se faz presente por aqui.

5. A combinação de uma base parlamentar de 17 partidos, com o maior deles -o PT- com apenas 16,7% dos deputados e a inexperiência da presidente em matéria parlamentar, já que nunca sequer foi vereadora, levou a uma parálise na tomada de decisões.
A heterogeneidade da base aliada -da direita à esquerda- garante a aprovação da rotina, mas inviabiliza qualquer mudança nas direções imaginadas pelo PT e Dilma. Os escândalos com a saída de 6 ministros e com a desintegração da autoridade de um sétimo, exatamente o mais próximo da presidente, acentuou esta crise na capacidade de governar.

6. As avaliações das funções de governo são negativas e Dilma -ainda- escapa por passar, junto à imprensa, a imagem de que está longe disso tudo e que é apenas herança de Lula, a quem lealmente não desgasta.
A expectativa da volta de Lula em 2014 mantinha a base aliada (expandida por um novo partido). Independente de que supere sua doença, como vem sendo noticiado, a possibilidade de ser candidato em 2014 fica eliminada.

7. O ano de eleições municipais de 2012 acirrará os ânimos na medida em que não se pode repetir, em nível municipal, a base em nível federal. E como se sabe (Jairo Nicolau-IUPERJ), a correlação efetiva está entre a eleição de vereadores e -dois anos depois- de deputados federais, o que acentua os conflitos internos na base aliada.
No correr do ano de 2012 ficará claro que o senador Aécio Neves é um forte competidor para Dilma e estimulará o DEM e o PPS a lançarem candidatos. Isso tornará a oposição mais aguerrida, mais retórica e a base aliada ainda mais fluida.

8. E se o voluntarismo prevalecer em 2012, não será mais um ano perdido, mas um governo perdido.

Por Cesar Maia

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