"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 13 de abril de 2012

A GRANDE TEIA TECIDA PELA ARANHA MAFIOSA DA CORRUPÇÃO

http://www.youtube.com/watch?v=uqHMK2Zt2KQ&feature=player_detailpage


Publicado em 11/04/2012 por

O senador Demóstenes Torres é parceirão do bicheiro Cachoeira, que está preso. O espião Dadá, especialista em grampos e filmagens, trabalha para o Cachoeira. O araponga Dadá seria o responsável por aquele vídeo que, há anos, flagrou um funcionário dos Correios recebendo propina de 3 mil reais. Vídeo que detonou o escândalo conhecido como "mensalão do PT". Esse escândalo de agora pôs na dança o governador Marcone Perillo, do PSDB de Goiás. Perillo foi um dos mais contundentes denunciadores do mensalão.
O Dadá aparece também na ponta desse escândalo que agora, hoje, cerca o Governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do PT. Agnelo sucede ao governador José Roberto Arruda. Arruda foi preso e cassado depois de estrelar o chamado "Mensalão do DEM". Seu antecessor Joaquim Roriz, do PMDB, renunciou ao Senado para não ser cassado no caso do "Banco BRB".
O araponga Dadá, sempre ele, também estava naquela espionagem interna do PSDB em 2010, aquela que terminou dando no livro "A Privataria Tucana".
Nesse rolo do Cachoeira /Demóstenes/Agnelo, e muita gente mais, está a empreiteira Delta. A Delta é acusada de ter contratos suspeitos, e bilionários, no governo de Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro.Há meses, a queda de um avião no sul da Bahia revelou a presença de Cabral numa festa de um dono da Delta. E Cabral viajara num avião de Eike Batista, homem de grandes negócios no Estado do Rio.
Isso, lá em cima, não é tudo. O Fantástico, no domingo, mostrou como, em 9 estados, deputados recebem supersalários. Alguns, como no Maranhão, até 18 salários por ano. E salários que, somados a outros benefícios, chegam a até 150 mil reais por mês.

Escandaloso? Claro que é. Mas há uma pergunta incômoda a ser feita toda vez que se aponta para um político corrupto. A Controladoria Geral da União já investigou 32% dos 5 mil e 600 municípios do Brasil. Em 80% deles encontrou desvios de dinheiro público. Às vezes por incompetência, muitas vezes por corrupção. Em 25 % dessas cidades, os casos de corrupção eram gravíssimos.
A pergunta incômoda é a seguinte: quem são as pessoas que tem mandato parlamentar, ou que ocupam cargos públicos, e fazem parte dessa vasta rede de corrupção? Essas pessoas vieram de Marte, de Júpiter?
Eles são "os políticos", dizemos todos de boca cheia. Ok. Mas, antes de ser políticos, eles não são cidadãos? Não são cidadãos do Brasil? O que acontece? Eles são honestos cidadãos e, de repente, num passe de mágica, se tornam corruptos quando são eleitos ?
Já passou da hora do Brasil pensar seriamente sobre isso.De debater sobre essa sociedade onde o corrupto é sempre o outro. E onde, quase nunca, existe o corruptor.
Publicado em 11/04/2012 por

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