"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 18 de abril de 2012

A VIOLÊNCIA DA EXPROPRIAÇÃO DA YPF-REPSOL

Vaca Morta Causa Mal da Vaca Louca
 
Alguma coisa de concreto haveria de constar para o ataque de insanidade do tamborim portenho ao expropriar a YPF-REPSOL de forma tão violenta e inconsequente; repetindo o surto de nacionalismo bolivariano de Chavico, Evo e Rafael; e tantas vezes sonhado pela corja petralha.
 
Pois a coisa tem nome e sobrenome: Vaca Morta. Bem diferente da expressão brasileira que representa uma coisa barata e sem valor, na ARHGentina Vaca Morta é uma região no norte da Patagônia que possui enormes reservas energéticas (óleo e gás) e são a esperança argentina de serem protagonistas no mercado de energia das américas e quiça mundial. Uma espécie de pré-çau deles.
 
Em novembro do ano passado, a aviltada YPF anunciou o descobrimento de gás e de petróleo não convencional em terra, na província patagônica de Neuquén e isso fez crescer os olhos apertadinhos pelas plásticas de tia Cris e seu bando.
 
Os números são bem grades. O descobrimento espetacular equivaleria a cinco anos de produção da empresa no país e permitiria à Argentina começar a reverter o déficit energético que tem acumulado.
A viúva Kirchner destacou este fato em seu discurso ufanista que o país seria o terceiro maior produtor mundial desta energia "não convencional", apenas cinco meses após aquela descoberta.
 
Com a mesma arrogância que o 9 dedos adotou com o pré-çau, quando disse que seríamos a Arábia Saudita dos trópicos, os hermanos esquecem que a exploração de gás e de petróleo "não convencional" na Vaca Muerta necessitará de tecnologia avançada e investimentos milionários, que eles não detêm. E após a expropriação da Repsol-YPF, tende a ficar mais difícil atrair os investidores internacionais.
 
Especialistas acham que somente em seis anos ou sete anos pode-se saber se será possível chegar às grandes reservas energéticas desta bacia neuquina - que inclui Neuquén e Mendoza e outras províncias, de acordo com assessores do governo de Neuquén.
 
Eu e muitos duvidamos do fôlego do setor energético argentino. Por exemplo, a YPF "voltará" com seus técnicos ou "vazia", sem seus engenheiros especialistas e com conhecimento de causa? Podem receber uma vaca morta meeeesmo. Ou pior, uma vaca louca igual a nossa amiguinha aí de baixo.
 
17 de abril de 2012

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