"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 19 de maio de 2012

MAIS CENSURA!

Secretário de Cabral entra na Justiça para tentar esconder as denúncias de Garotinho

Em seu blog, o deputado Anthony Garotinho ridiculariza o desespero do governador Sérgio Cabral e de seus auxiliares diante da comprovação pública de farras no exterior, enriquecimento, recebimento de propinas, tráfico de influência no governo, favorecimento de secretários e parentes, além de outras irregularidades os tem levado a optar pela censura ao invés da negação dos fatos.

“Nenhum dos fatos que revelei foi contestado ou desmentido, apenas eles não querem que mais pessoas tomem conhecimento dos seus atos injustificáveis”, diz Garotinho, que está sendo processado pelo chefe da Casa Civil, Regis Fichtner.

“Depois da arbitrariedade de ontem, onde oficiais de Justiça, agindo de forma ilegal, apreenderam os jornais do PR mostrando as farras de Cabral e da Gangue dos Guardanapos na Europa, avizinha-se outra.
Vários repórteres estão ligando para perguntar qual é a minha posição a respeito da decisão da Justiça mandando retirar do nosso blog as imagens e notícias que envolvam o secretário da Casa Civil do governo Cabral, Régis Fichtner e sua esposa Inês Helena Fernandes”, diz Garotinho, acrescentando:

“Não conheço a decisão porque ainda não fui citado, inclusive acho curioso que toda a imprensa já tenha sido informada, mas os fatos divulgados no blog são todos públicos e verdadeiros, porque como vocês poderão rever na matéria que está reproduzida logo abaixo, os documentos foram extraídos de órgão oficiais”.

Segundo o deputado, o mais impressionante é que, na decisão, a juíza dá apenas duas horas, a partir da citação, para que sejam retiradas as fotos, reportagens, opiniões, documentos oficiais que se refiram ao casal Fichtner.

“Com todo o respeito à magistrada que ainda nem sei qual é, alguém precisa alertá-la que sou deputado federal e o que diz o artigo 53 da Constituição do Brasil: ”Os deputados federais e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”.

Não entendo que a ilustre magistrada queira com a sua decisão mudar a Constituição do Brasil. Acho que ela pode estar equivocada.
A matéria é baseada em fatos públicos, verdadeiros, comprovados por documentos oficiais e expressa a minha opinião; e a Constituição, ao que eu sei, deve ser respeitada por todos, inclusive pelos magistrados”, assinala Garotinho.

Todas as possibilidades estão abertas, desde que a 'renovolução' não seja usurpada.


Há, na história humana, inúmeros registros de revoluções, como a Revolução Francesa e os movimentos de libertação do jugo colonial ou imperial nos séculos XIX e XX, que partiram de um ideal jovem e inovador, mas que foram apropriadas por grupos que perseguiam somente os seus próprios interesses e privilégios de dominação.

Assim, a alta burguesia, a seleta burocracia e o distinto clero, nas diversas dominações, sejam elas predominantemente econômicas, racionais legais, tradicionais ou carismáticas (como bem exemplificava Max Weber) assumiram o controle de sistemas que, apesar de apresentarem avanços pontuais, continuaram flagrantemente distantes dos ideais de justiça distributiva que alimentavam a chama da mudança.

A “juventude de pensamento” caracteriza-se pela contínua expansão das redes neurais, pelo desejo de inovação e de aprimoramentodas estruturas que nos são apresentadas como definitivas.
Os conceitos de renovação e de progresso ininterrupto mesclam-se e compõem a humanidade “renovolucionária” (expressão criada pelo mestre Helio Fernandes), que dispõe de melhores e mais interativas ferramentas de comunicação e, consequentemente, de mais profundo conhecimento histórico e crítico.

A expansão e a simples revolução já não são os principais inspiradores, mas a gestão contínua, aprimorada e democraticamente deliberada (respeitando sempre o núcleo fundamental de direitos comuns a todos os seres humanos e os valores fundamentalmente agregadores para a coesão social) semeia a revolução contínua no século que se abre com crises financeiras e renascimentos ideológicos de liberdade e de igualdade material.

Os espaços e a linguagem não serão mais barreiras para a humanidade, se ela não desistir de clamar por liberdade, participação e inteligência renovadora e resistir à estúpida dominação que petrifica e mata até a mais promissora das revoluções.
Todas as possibilidades estão abertas para a humanidade, bastando apenas que a “renovolução” não seja usurpada.

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