"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 26 de junho de 2012

AO NINHO SEM CARINHO

Já começam a pipocar por aqui as patrulhas tucanas que, em vez de entenderem críticas, ficam buscando culpados do outro lado do espelho. A elas dedico o post abaixo, publicado em 2 de novembro de de 2010, logo após as eleições. O título era " Fácil, a culpa é do marqueteiro". Abaixo um trecho. Em tempo: este post é uma homenagem aqueles guerreiros da blogosfera. Nunca mais haverá batalha como aquela. Pelo simples fato de que eles não merecem.

Não adianta o Fernando Henrique Cardoso vir reclamar do protagonismo cada vez maior dos marqueteiros nas campanhas eleitorais. A queixa, vinda de um intelectual, de um acadêmico, de um estudioso, é de deixar qualquer um estupefato. Os marqueteiros têm e continuarão tendo importância decisiva em eleições, muito além dos discursos em palanques e das entrevistas no jornal. Ninguém mais vai a comício e, infelizmente, a maioria dos brasileiros ainda usa jornal para atividades muito menos nobres do que se informar. Vivemos a era do marketing na política e, sem ele, é impossível vencer uma eleição.

É que culpar o marqueteiro é muito fácil, é o que está mais próximo e mais exposto. Um marqueteiro pode ser culpado por várias coisas: um programa ruim, um jingle babaca e até mesmo por uma estrutura como a montada pelo famoso Gonzáles do Serra, que ainda usava as velhas câmeras beta para externas contra as várias e moderníssimas câmeras Red One 4K usadas pelo também famoso Patinhas da Dilma, que filmam com resolução de cinema e que com lentes e outros aparatos custam R$ 500 mil cada uma. O resultado no vídeo era a palidez do Serra, as suas olheiras fundas, a sua careca brilhando. Enquanto isso, Dilma pareceia uma diva hollywoodiana. Imagens de helicóptero na campanha de Serra somente apareceram no meio do segundo turno, enquanto na campanha da Dilma elas faziam parte de todos os momentos do programa eleitoral. Faltou dinheiro? Está na cara que faltou e isto prejudica, em muito, qualquer estratégia de marketing, ainda mais no tiro curto de uma campanha eleitoral...

SEGUE AQUI.

Este blog não usa coleira. Só por isso é anônimo, para que possa ter independência. No mês de outubro de 2010, este blog teve 1 milhão de acessos. Comandou a rede Blogs pela Democracia, com cerca de 300 blogs independentes. E só teve um comando. O meu comando. Fiz muitos amigos e amigas. Por eles lamento, mas lamento mesmo, o descaso, a deselegância, o descarte destas pessoas maravihosas e dadivosas que deram o sangue por aquela causa perdida. Na guerra e na política, um general jamais abandona os seus soldados. Morre por eles ou morre sozinho, logo ali na frente.
 
26 de junho de 2012
coroneLeaks

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