"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

DILMA PEITA GREVISTAS, GREVISTAS PEITAM DILMA.

Adivinha quem vai pagar o "acordo de paz" para sustentar esta casta?
A greve dos servidores federais ganhou ontem a adesão de policiais rodoviários e ameaça se tornar a paralisação mais ampla do funcionalismo desde o começo do governo Lula (2003-2010), desafiando a gestão da presidente Dilma Rousseff. Os números oficiais e do movimento não batem.
Nas contas sindicais, ao menos 27 órgãos federais foram diretamente afetados, entre greves, suspensão temporária de trabalho ou operações-padrão.

As paralisações já prejudicam o cotidiano da população. Ontem, pelo menos oito estradas ficaram congestionadas por causa de uma fiscalização intensa de veículos. Aeroportos e até a área da saúde, com a retenção de remédios importados em depósitos, estão sendo afetados. Universidades federais estão paradas há quase três meses.
Ontem, em Brasília, grevistas tentaram subir a rampa do Palácio do Planalto, mas foram contidos por policiais. Até agora, o governo negocia apenas com funcionários de universidades federais.

O ministro responsável por negociar com movimentos sociais, Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), foi vaiado e chamado de traidor em um congresso por manifestantes da CUT, tradicional braço sindical do petismo. "Traidor, traidor", ouviu. "A greve continua. Dilma a culpa é sua!".
Carvalho discutiu aos gritos com a plateia. Ao fim, o presidente da CUT, Vagner Freitas, comentou: "Se eu fosse presidente, destituía o ministro." "Houve greves grandes, mas eram concentradas em um setor. Essa tende a se ampliar", disse Artur Henrique, dirigente da CUT.

A decisão do governo de punir grevistas com descontos e não conceder reajustes acirrou os ânimos. Outra medida que desagradou servidores foi um decreto, de julho, facilitando a troca de grevistas por funcionários estaduais e municipais. Para os sindicatos, há mais de 300 mil funcionários parados entre os 573 mil servidores.
O Ministério do Planejamento diz que isso é irreal. "Se fosse tal como é dito, teríamos o serviço totalmente comprometido, e não está. Há pouquinha gente parada e muita fazendo barulho", disse o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça.

Ele refuta o status de pior greve dos últimos anos e lembra paralisações nos governos Lula e FHC, mas o governo diz não saber quantos servidores estão parados.
O país "enfrentou momentos difíceis" com greves antes, disse.
 
Também repercutiu mal entre sindicalistas e setores do governo a afirmação do secretário do Tesouro, Arno Agustin, dizendo que a greve acabaria no dia 31, com o envio do Orçamento de 2013 para o Congresso, o que encerraria a possibilidade de negociação salarial.
"Nós entendemos que a crise [internacional] é grave. Mas, diante da crise, tem que flexibilizar o superávit primário [economia para pagar juros da dívida] e recuperar carreiras", disse Artur Henrique.
(Folha de São Paulo)
 
09 de agosto de 2012
in coroneLeaks
 

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