"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 1 de setembro de 2012

NA MESA DE JOAQUIM BARBOSA, O CORDEL DO MENSALÃO

 


Livros no gabinete
Entre os muitos presentes que Joaquim Barbosa tem recebido de admiradores nestes tempos de julgamento, três livrinhos de cordel se destacavam sobre sua mesa no gabinete do STF: um sobre o mensalão, outro sobre o PT e um terceiro intitulado O Dia Em Que Lula Foi Para o Inferno. Barbosa, a propósito, ainda não os leu.
 
01 de setembro de 2012
Por Lauro Jardim - Radar Online

Um comentário:

  1. JOAQUIM BARBOSA, O HERÓI QUE O BRASIL NECESSITA!
    Jotacê Freitas – Salvador – Bahia - 10/10/2012

    Nascido em Paracatu
    No Noroeste de Minas
    Em uma família humilde
    Joaquim Barbosa fascina
    Pela coragem e ousadia
    Inteligência sadia
    Que ao povo anima.

    O pai de Joaquim deixou
    Sua mãe com oito filhos
    Dona de casa bem simples
    Que não usava espartilho
    E educou todos eles
    Não teve um nem aquele
    Que saísse do seu trilho.

    Aos dezesseis Joaquim
    Começou a trabalhar
    Faxinando um Tribunal
    E não parou de estudar
    Sempre em escola pública
    Com sabedoria única
    Batalhou pra se formar.

    Durante esse período
    Ajudava a família
    Ao sair da faculdade
    Resolveu seguir a trilha
    Pós graduou-se em Mestrado
    Sobre Direito do Estado
    Que nem a todos humilha.

    Conheceu ele então
    A importância social
    De desvendar a Justiça
    Pra que o povo em geral
    Pudesse enfim saber
    Que a lei é pra proteger
    Todos do abuso do mau.

    Empresários e políticos
    Abençoados com a sorte
    Acostumados com a lei
    Só protegendo os fortes
    Da cegueira da Justiça
    Que pro rico dá cobiça
    E ao pobre pena-de-morte.

    Não aceitou preconceito
    Nem a discriminação
    Por conta da circunstância
    Da sua situação
    Jovem negro e também pobre
    Mas nem um pouco esnobe
    Em busca da ascensão.

    Pra ter reconhecimento
    Pra concurso estudou
    E foi logo aprovado
    Como um Procurador
    Da República brasileira
    E não comeu pelas beiras
    Nem homem vil se tornou.

    Sua mãe lhe ensinou
    O quanto a honra custa
    E a importância da ética
    Que muito homem embusta
    Quando chegasse ao poder
    Iria estabelecer
    Uma tese bem mais justa.

    Fez Doutorado também
    Virou Doutor de verdade
    Diferentes dos que aí
    Expõem só vaidade
    Fala mais quatro idiomas
    E a ninguém ele embroma
    Nem usa de falsidade.

    Defende o aborto sim
    E outras questões polêmicas
    Não quer que a corrupção
    Seja doença epidêmica
    Nunca fará vista grossa
    Não há quem com ele possa
    Na esfera acadêmica.

    A Ação Afirmativa
    Defende com veemência
    O Princípio da Igualdade
    Pra ele é a grande decência
    Fura-fila ele detona
    Enfrenta cara turrona
    Sem medo ou subserviência.

    Um dia a Pátria mãe
    Mais uma vez distraída
    Acreditou nas estrelas
    Em bondosas travestidas
    E o povo mais uma vez
    Da mentira foi freguês
    E a Nação foi traída.

    Criaram a Bolsa Família
    No rastro da Bolsa Escola
    Um tipo de cala-boca
    Uma ajuda uma esmola
    Esqueceram a igualdade
    Com transparência e verdade
    Formaram uma curriola.

    Pra se manter no poder
    Compraram parlamentares
    Desviando do erário
    Pra bancos particulares
    Foi dinheiro na cueca
    Pra cabeludo e careca
    Distribuíram milhares.

    Tem Juiz lewando whisky
    Do antigo Presidente
    Que criou o Mensalão
    Mas que está bem ausente
    Dos autos no Tribunal
    E não irá passar mal
    Sem atitude da gente.

    Não teve barba ou charuto
    Que pudesse desmentir
    Todas estas falcatruas
    Mas tentaram impedir
    Um julgamento supremo
    Pra não mostrar o veneno
    Dos que querem se eximir.

    Um já pediu demissão
    Do seu cargo na Defesa
    Outro insiste em apelar
    Pra tribunais sem destreza
    Tem quem não tá nem aí
    E nem vai sair daqui
    Por que não crê em surpresa.

    Agora ficam dizendo
    Que são todos inocentes
    Foi só a arraia miúda
    Que enganou nossa gente
    Os mangangões do poder
    Dizem de nada saber
    E agem indiferentes.

    Até choro com suplício
    Ocorreu lá no Congresso
    Carta aberta ao povo
    Com desculpas em excesso
    Mas pela primeira vez
    Político vai pro xadrez
    O Supremo faz sucesso.

    Pois se eles são inocentes
    Este Tribunal é louco
    Mesmo sem provas nos autos
    Do nosso povo faz pouco?
    Não venham com essa conversa
    A velha lógica perversa
    De que ‘tavam dando o troco.

    Mesmo assim Joaquim Barbosa
    Não aceita a louvação
    Atribui ao Tribunal
    O mérito da condenação
    Ele apenas relatou
    Com as provas que encontrou
    Nos autos desta Ação.

    Que bom que todo o processo
    Passou na televisão
    Mostrando o destemor
    Dos juízes de plantão
    Mas nem a dor na coluna
    Vai tirá-lo da tribuna
    Em defesa da Nação.

    Agora que é Presidente
    Do Supremo Tribunal
    Torço pra que outros juízes
    Sigam o exemplo legal
    Que a Justiça não seja rara
    Mas um instrumento para
    Transformação social.

    Visite: http://oficinadecordel.blogspot.com

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