"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

HISTÓRIAS DO JORNALISTA SEBASTIÃO NERY

O NOME PRÓPRIO DE VARGAS


Em 1937, Gustavo Capanema disse a Nereu Ramos que Getúlio Vargas estava com medo de escolherem para Presidente “um nome impróprio”.
- E qual seria um nome próprio? – poerguntou Nereu.
- O próprio.
E não houve eleição.

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MANGABEIRA

Assessor de JK, o procurador baiano Antonio Carlos Sá conversava em 1955 com o ex-governador da Bahia e presidente da UDN, Otávio Mangabeira:
- Doutor Otávio, não entendi seu apoio a Etelvino Lins (em 1950, para disputar a presidência da República contra Juscelino), sem voto, inviável…
- Meu filho, pior do que o adversário é o parceiro que não entende a jogada.

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DUTRA PÉ QUENTE
Em 1958, o Brasil jogava com a Suécia a partida final da Copa. Os radialistas Rubens Amaral e Luis Brunini e o deputado Augusto de Gregório, do Rio, sofriam o começo do jogo em um apartamento de Ipanema.
O Brasil perdia de 1 a 0 e nada de fazer gol. Tocou a campainha. Entra na sala o ex-presidente Dutra, que morava ao lado. O locutor gritou: “Gooool”! O Brasil empatou. Dutra conversou um pouco, saiu. O Brasil não desempatava.
Tocou novamente a campainha. Era Dutra que voltava. Mal sentou, o locutor gritou de novo: “Gooool”! O Brasil desempatou: 2 a 1. Só deixaram o velho marechal sair quando o jogo acabou. O Brasil derrotou a Suécia por 5 a 2 e ganhou a Copa. Com a ajuda de Dutra, o pé quente.

04 de outubro de 2012
Sebastião Nery

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