"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PRECONCEITO RACIAL, FALÊNCIA DA EDUCAÇÃO E POLÍTICA DE COTAS

 

O preconceito racial no Brasil é histórico. Poucos governantes enfrentaram a questão posta em comento de forma lógica e racional. Preferem o paliativo, o puxadinho, o jeitinho das cotas.


A raiz do preconceito contra os negros e contra os pobres de todas as etnias está na oportunidade de estudarem em escolas de qualidade.
A disparidade educacional entre as famílias pobres e as famílias ricas é abissal, então na hora dos concursos públicos e na seleção para trabalhar nas empresas privadas, quem foi melhor preparado será o escolhido.

A partir de 1964, a Educação Pública foi destruída e vilipendiada por todos os governos que sucederam esta data até hoje. Aviltaram os salários dos professores e abandonaram as escolas. Salvo o projeto dos CIEPS criado por Darcy Ribeiro e tocado por Leonel Brizola, nada mais foi feito de revolucionário na área educacional. O resultado está aí nos índices do ENEM.

O corte dos recursos do Orçamento Anual da União sempre atinge a Educação em primeiro lugar. Prefeitos e Governadores resistem a qualquer proposta de aumento real dos salários dos professores, entretanto são pródigos em reajustar os contratos de obras fazendo a festa das empreiteiras.
Essa é a realidade fática e portanto inquestionável. Suas excelências jamais admitirão o fato, mas as reportagens dos jornais diários atestam, que eles se recusam a aumentar os recursos para a Educação.

26 de novembro de 2012
Roberto Nascimento

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