"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 16 de dezembro de 2012

NA SEGUNDA METADE DO GOVERNO, O QUE ESPERAR?

 

Ao iniciar, o governo Dilma foi recebido com desconfiança. Lula, com grande popularidade, elegeria até um poste. Ela era o poste, do qual os petistas esperavam que obedecesse cegamente ao Lula e protegesse os malfeitos de seus correligionários.

Para a “base aliada” que continuasse a distribuir cargos e mensalões, como Lula fazia, e para os mais desamparados e os mais incapazes que continuasse a distribuição das bolsas “tudo” e cestas básicas.



Nós militares receávamos que fosse uma revanchista raivosa que, sem a capacidade de ceder quando a pressão se tornasse demasiada, nos encurralaria a ponto de nos forçar a uma revolta desesperada, mesmo sem o apoio popular, ou seja, fadada a derrota. Parecia ser esta a tática em vigor.

Muito disso não aconteceu. Continuou com a política assistencialista, mas não compactuou com a corrupção como o esperado, e com algumas tímidas punições aos corruptos mais em evidência criou uma imagem de correção que encantou a população, mas assustou os corruptos da base aliada.

Soube contrariar o Lula e o Dirceu em alguns pontos, conquistando simpatizantes da oposição, mas ganhou a inimizade de poderoso grupo dentro do PT. Enquanto, o Lula conquistava os banqueiros garantindo-lhes lucros exorbitantes, Dilma forçou a baixa dos juros. Apesar de tomar atitudes nacionalistas, ofendeu os militares com a maldita Comissão da “Verdade”. Ganhou apoio popular, mas colecionou inimigos.

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INIMIGO PODEROSÍSSIMO

No âmbito mundial, as atitudes nacionalistas da Presidente contrariaram os interesses do estabelecimento financeiro internacional, um inimigo poderosíssimo, que, se antes já atuava contra a autonomia do nosso País, agora desencadeia contra nós uma guerra de morte. O artigo do “The Economist” é uma declaração que a guerra já começou.

Nesta segunda metade do período presidencial, o que podemos esperar?
– Certamente tempos difíceis, sabotagens internacionais, oposições internas ferozes, alimentadas pelas corrupções do PT que virão a público, economia declinante quer pela recessão internacional, quer pela inconseqüente política assistencialista herdada, impossível de ser mantida eternamente, mas difícil de desmanchar. E um governo pode resistir até a denúncias comprovadas de corrupção, desde que a economia corra bem. Com a economia declinante, qualquer escândalo pode virar pretexto.

Podemos esperar um período difícil para o Governo e para o País. Para enfrentar as pressões estrangeiras necessitamos de união, mas união não haverá. Talvez a melhor maneira de romper o impasse seria a presidente se afastar do bando de corruptos que a cerca e agrupar em torno de si os nacionalistas, que são os únicos dispostos a se sacrificar por um ideal, mas para isto teria que dar um basta nos revanchistas da Comissão da “Verdade” e dos Direitos “Humanos”, pois o núcleo organizado dos idealistas se concentra nas Forças Armadas.

Pode ser ainda que aconteça um conflito mundial de grandes proporções, mas aí muda todo o cenário.

16 de dezembro de 2012
Gelio Gregapani

Um comentário:

  1. Li a postagem. Esse senhor tb é um esquerdista? pois, pela posição no artigo não entende nada de economia e duvido que entenda de defesa tb. Serviu por 4 décadas no exercito e entregou o poder ao mesmos comunistas que eles tiraram do poder em 64. Isso é ser inteligente? Indico a esse senhor o livro "Ação humana" de Mises. Talvez assim o entendimento de economia aumente e ele possa ver que não se pode dirigir a economia.

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