"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 9 de maio de 2012

O DEDO (PERIGOSO) DE CARLINHOS CACHOEIRA

 

Desde que vazaram os 300 telefonemas de Demóstenes para Carlinhos Cachoeira que não param de vir a furo ligações do rei dos contraventores brasileiros com autoridades, políticos, empresários da indústria, do comércio, prestadores de serviço, consultores e até com uma lá que outra pessoa que pisa nos astros distraída...

O dedo de Cachoeira aparece a todo instante na máquina pública e na máquina privada; em governos estaduais, em prefeituras, em Assembleias Legislativas, ministérios, tribunais, gabinetes e latrinas de todo tamanho e feitio. É dele a única digital que aparece em tudo que é canto, em tudo quanto é buraco.
Mas ele metia a mão aonde, em quem, quando, como? Fazia tudo sozinho? Ahan, então não ele não futricava ninguém. Era só estimulação onânica. Desvio de conduta autoaplicado. Malfeitos com prazer solitário.

Bom se era masturbação, Carlinhos Cachoeira não comeu ninguém; penetrou-se apenas. Sua prática era autoprazerosa, não ia fundo no buzafan de ninguém. E, ao que parece e aparece, era só o dedo que aparecia e aparece. O dedo de Carlinhos Cachoeira. O dedo de maior carga erótico-financeira da República. O maior dedo dos governos transparentes e invisíveis do Brasil. Uma espécie de artefato proctológico para uso individual, sem contraindicação.

Na pior das hipóteses, o dedo de Carlinhos Cachoeira aparece nas pegadas deixadas por animais de outras espécies, diferentes em gênero, número e grau do velho conhecido e respeitável zoón politikon. Aí sim, se ele meteu mais que o dedo e bolinou mais que uma espécie de mamíferos quadrúpedes, ou de aves de rapina, o caso já é mais grave.

Aí, Carlinhos Cachoeira já não estava mais sozinho; aí deu zebra; já fazia fuque-fuque e ronça-e-fuça emparceirado. Quer dizer, resfolegava outrém, ainda que do animal planet.
Nesse caso, Carlinhos Cachoeira já merece castigo. É tara, desvio moral, malfeito consentido, consciente, mesmo que fora do controle. Quem mexe com bicho, merece pelo menos uma jaula.

Afora isso, basta o seu defensor público Márcio Thomaz Bastos entrar com um habeas corpus no Supremo, alegando que Carlinhos Cachoeira é um onânico contumaz; que faz tudo sozinho e não bota no buzanfan de ninguém.

Pronto, vai na hora pro olho da rua. Afinal, a masturbação é a salvação da humanidade. Até pode ser socialmente condenável em algumas culturas, mas não pega nem causa doença. Já pensou se não fosse la palmita de la mano, o que seria do mundo? E o que seria desse Brasil de segredos de Polichinelo sem o dedo de Carlinhos Cachoeira?!?
 
09 de maio de 2012
sanatório da notícia

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