"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 19 de janeiro de 2013

MÉDICOS TENTAM ESTABILIZAR CHÁVEZ PARA LEVÁ-LO À VENEZUELA. CAUDILHO SOFREU LIGEIRA FALHA CARDÍACA. CÂNCER CONTINUA AVANÇANDO.


Entrada do hospital Cimeq em Havana: segurança total.
Médicos cubanos que cuidam do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, estão sofrendo uma intensa pressão para conseguir estabilizar as condições de líder venezuelano, para que ele possa voltar a seu país e tomar posse, afirmou nesta sexta-feira o jornal espanhol “ABC”. De acordo com fontes do diário, uma viagem de avião representaria um alto risco à saúde de Chávez, e ele deve ter condições mínimas para conseguir nomear o vice-presidente, Nicolás Maduro, e depois voltar a ser internado.
 
“Fontes em contato com a equipe do hospital cubano Cimeq não descartam a possibilidade de que Chávez pode ser transferido em breve para o Hospital Militar de Caracas, onde, internado, juramentaria seu mandato e continuaria a avançar em seu câncer terminal. Aparentemente, já estão sendo feitas algumas preparações em Caracas”, diz o veículo.
 
Ainda segundo o “ABC”, o líder venezuelano estaria começando a apresentar problemas de coração. O presidente teria sofrido um ataque cardíaco no dia 5 de janeiro, o que o fez perder a consciência e o levou a um estado de coma por vários dias, de acordo com jornal.
 
A melhora na batalha contra uma infecção pulmonar fez com que partidário chavistas assegurassem que o presidente está se recuperando. No entanto, segundo fontes do diário, a situação de Chávez ainda é crítica e há rumores de que ele teria sofrido uma hemorragia no abdômen, mas não teve como passar por uma cirurgia, devido a sua fragilidade.
 
Para as fontes do jornal, Cuba quer a nomeação oficial de Nicolás Maduro o mais rápido possível, pois “desconfia profundamente” de Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional e que assumiria o cargo de chefe do Executivo caso Chávez não consiga fazê-lo.
 
Na quinta-feira, o novo chanceler da Venezuela, Elías Jaua, disse o presidente “está mandando e tomando decisões”.
Jaua afirmou que ninguém deve ter dúvidas de que o líder bolivariano continua exercendo o poder de Havana. Segundo ele, a prova disso é a sua nomeação na terça-feira para o cargo de ministro das Relações Exteriores e vice-presidente político do governo.
 
Chávez se encontra em Havana desde 10 de dezembro se recuperando da quarta cirurgia na luta contra câncer.
Devido a complicações de seu tratamento, Chávez não pôde estar presente em Caracas no dia em que assumiria seu quarto mandato. Uma decisão da Suprema Corte da Venezuela adiou a posse do presidente por tempo indeterminado.
 
AQUI A REPORTAGEM NO ORIGINAL DO JORNAL ABC EM ESPANHOL:
EN ESPAÑOL
 
Los médicos cubanos que atienden a Hugo Chávez han estado recibiendo una enorme presión del régimen castrista para lograr que el presidente venezolano consiga estabilizarse mínimamente con el fin al menos de poder juramentar el cargo y nombrar vicepresidente a Nicolás Maduro, aunque un desplazamiento en avión a Venezuela suponga importantes riesgos para su delicada condición.
 
Así lo aseguran fuentes en contacto con el equipo de facultativos destacados en el Cimeq cubano, que no descartan que próximamente Chávez sea trasladado quizás al Hospital Militar de Caracas, donde juramentaría y probablemente quedaría internado mientras avanza su cáncer terminal. Al parecer se estarían haciendo ya algunos preparativos en la capital venezolana.
 
Corazón débil
 
Chávez ha comenzado a mostrar fallos en el corazón. De acuerdo con la última información médica recibida por ABC, el presidente tuvo un ligero paro cardiaco el pasado 5 de enero, lo que le hizo perder la conciencia y le llevó a una situación de coma que duró aproximadamente un cuarto de hora.
Aunque los médicos pudieron revertir el coma con medidas terapéuticas, Chávez no recobró la consciencia hasta varios días después; luego ha permanecido en estado semiinconsciente. Los últimos días se le había removido el ventilador artificial.
 
Su mejoría en la batalla contra una recurrente neumonía sufrida días atrás ha permitido a los dirigentes chavistas asegurar que el presidente«está remontando la cuesta».
No obstante, su condición general sigue siendo crítica. Recientes pruebas indican la posibilidad de que tenga hemorragia en el abdomen, lo que aconsejaría una nueva cirujía que en estos momentos no sería posible practicarle por su extrema debilidad.
 
Tampoco se considera por ahora posible un conveniente trasplante de médula para afrontar la constante extensión de células cancerígenas en médula ósea. En lugar de buscar una estabilización que permita afrontar a medio plazo tratamientos contra el cáncer, las autoridades cubanas han insistido a sus médicos en una estrategia a mucho más corto plazo, que faculte a Chávez ser llevado a Caracas para el acto de juramento.
 
Fuentes conocedoras de esta estrategia destacan la absoluta prioridad de Cuba de que Maduro pueda ser confirmado como vicepresidente sin las sombras constitucionales que cuestionan ahora sus funciones, así como de impedir que Diosdado Cabello, presidente de la Asamblea Nacional y de quien desconfían profundamente, sea quien acabe como máxima figura institucional hasta la celebración de elecciones.
 
No obstante, para Pedro Mario Burelli, analista político radicado en Washington y exdirectivo de la petrolera PDVSA, «los tiempos y la información se están gestionando mucho más de acuerdo con las necesidades cubanas».
«El secretismo que estamos viendo se debe al miedo de Raúl Castro de que a los cubanos se les pase la mano en Venezuela: que por aferrarse al petróleo venezolano haya un efecto negativo en la propia isla», afirma Burelli. Del sítio diário ABC
 
19 de janeiro de 2013
in aluizio amorim

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