"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

CARLOS LACERDA

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Até hoje, Carlos Lacerda é reconhecido como um dos maiores políticos do Brasil(Reprodução/Internet)
Em 22 de fevereiro de 1945, o ministro José Américo dá entrevista a Carlos Lacerda, rompendo com a censura da imprensa
Carlos Frederico Werneck de Lacerda nasceu no dia 30 de abril de 1914, em Vassouras, no Rio de Janeiro. Lacerda foi jornalista, escritor e um importante político brasileiro.
 
Inimigo assumido de Getúlio Vargas, Carlos Lacerda ficou conhecido pela polêmica e os discursos inflamados. Por causa de sua aparência e de sua voz forte ganhou o apelido de Corvo de seus adversários político.
Lacerda foi o primeiro governador do extinto estado da Guanabara e é reconhecido até hoje como um dos maiores políticos do Brasil.

Ainda estudante, se uniu aos comunistas. Mas no final da década de 30 decidiu romper com o movimento por não considerar o comunismo democrático. A partir de então, Lacerda passou a criticar ferozmente os comunistas no país e se filiou à União Democrática Nacional.

Em 22 de fevereiro de 1945, o ministro da Aviação José Américo dá entrevista a Carlos Lacerda, então no Correio da Manhã, rompendo o silêncio imposto pelo Departamento de Imprensa e Propaganda, o poderoso DIP. A entrevista marca o início do fim da ditadura de Vargas.
As suas críticas se espalharam com mais força ainda depois que o jornalista fundou a Tribuna da

Outro episódio inseriu Lacerda outra vez na história da política brasileira das últimas décadas. Como um dos líderes da UDN, ele não disfarçou seu descontentamento com a posse de Jango e aderiu ao golpe militar de 64.

Apesar do apoio, Lacerda não ficou muito tempo do lado do governo de Castelo Branco e chegou a anunciar que iria concorrer à Presidência. Com o fim das eleições diretas, suas pretensões acabaram. Como novo opositor dos militares, Lacerda comandou ao lado de João Goulart e Juscelino Kubitschek a Frente Ampla, movimento de resistência à ditadura.

No dia 13 de dezembro de 1968, o regime militar aprovou o Ato Institucional número 5 e apertou a repressão no país. No dia 30 do mesmo mês, Carlos Lacerda teve seus direitos políticos cassados por dez anos e, uma semana depois, foi preso.

Como escritor publicou uma série de livros sobre a política brasileira, entre eles O Caminho da liberdade de 1957 e Brasil entre a verdade e a mentira de 1965. Na década de 60, Lacerda fundou a editora Nova Fronteira.
Pela empresa, lançou importantes autores nacionais e internacionais.
No dia 21 de maio de 1977, Carlos Larcerda morreu com 63 anos, no Rio de Janeiro.

21 de fevereiro de 2013
 

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