"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ELE, O 'IMPICHADO', DE NOVO...

Procurador chama de “risível” suspeita levantada por Collor


O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, classificou de “risível” a suspeita levantada pelo senador Fernando Collor (PTB-AL) de que o Ministério Público cometeu irregularidades na compra de 1.200 tablets. Gurgel não descartou a possibilidade de que seja uma “retaliação” por sua atuação.
 
Nesta quinta-feira (21), o Senado aprovou pedido de Collor para que o TCU (Tribunal de Contas da União) investigue se a licitação para a compra dos equipamentos foi direcionada para beneficiar uma empresa. Senado aprova pedido de Collor para que TCU investigue procurador
 
“Isso chega a ser risível. Não a decisão do Senado, claro. O MPF fez uma licitação para iPads, especificamente para a marca, sem qualquer direcionamento, como aliás já fizeram diversos órgãos do governo. Um dos precedentes mais recentes é do Ministério de Minas e Energia, em procedimento já aprovado pelo TCU”, disse. Gurgel disse que a investigação é “legítima”, mas não descartou que seja represália pela movimentação contra senadores.
 
“A única coisa que digo é que a imprensa tem dito isso [retaliação]. Nos mais diversos órgãos de imprensa o que se vê é que haveria toda uma série de manobras, de retaliação em razão da atuação do procurador-geral É uma das possibilidades”, afirmou. Segundo o procurador-geral, o Ministério Público “está absolutamente certo da absoluta legalidade do procedimento que adotou e aguarda a auditoria do tribunal de contas”.
(…)
 
21 de fevereiro de 2013
Por Márcio Falcão, na Folha Online:
Por Reinaldo Azevedo

Collor não esqueceu nada e aprendeu com o PT um monte de coisa que não presta

O que pode resultar do cruzamento de alguém como Fernando Collor com o PT? Fosse um híbrido de vaca com jumento, o ser teratológico nem daria leite nem puxaria carroça… Fosse uma mistura de aeroplano com barco, em vez de um hidrovião, teríamos uma estrovenga que despencaria do céu e afundaria na água.
 
Por que isso? Leiam este breve, mas muito significativo, relato de Gabriel Castro, da VEJA.com de Brasília. Volto em seguida.

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O senador Fernando Collor (PTB-AL) não desiste de provocar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Nesta quinta-feira, ele conseguiu que o plenário do Senado aprovasse um requerimento pedindo que o Tribunal de Contas da União investigue a compra de 1.200 iPads, a um custo de 3 milhões de reais, pela PGR.
 
O vazio no Senado facilitou as coisas. O painel marcava 56 presentes, mas a quantidade real de senadores no plenário era bem menor: quatro parlamentares, além de Collor e do presidente da sessão, Jorge Viana (PT-AC) – que não poderia votar.
 
O requerimento foi aprovado no sistema de votação simbólica – o famoso “aqueles que aprovam permaneçam como se encontram”. Enquanto isso, Eduardo Suplicy (PT-SP) falava ao telefone celular, Ana Amélia (PP-RS) conversava com um assessor e Wellington Dias (PT-PI) lia alguma coisa. Além deles, estava presente Garibaldi Alves (PMDB-RN), que completará 90 anos em abril e praticamente não se manifesta em plenário.
 
Voltei

É claro que não estou dizendo que Gurgel ou a Procuradoria estão acima de qualquer investigação. Ninguém está. Mas vejam aí como Collor conseguiu o seu intento. Para investigar uma eventual suspeita de irregularidade, ele recorre a uma escancarada fraude política.
Ele não esqueceu nada. E ainda aprendeu com o PT um monte de coisa que não presta.
 
21 de fevereiro de 2013
Por Reinaldo Azevedo

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