"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 17 de março de 2013

QUANTA DIFERENÇA!


Chris Huhne, ex ministro britânico, perdeu o cargo e foi condenado a oito meses de prisão porque forçou a ex-mulher (também condenada) a assumir pontos na carteira de habilitação por excesso de velocidade, a fim de evitar que ele perdesse a habilitação.
 
Esse exemplo de civilidade, respeito às leis e à sociedade, causa inveja ao cidadão brasileiro, hoje acostumado a ver os ladrões que ocuparam e ocupam a maioria dos ministérios brasileiros roubarem descaradamente o erário e quando caem nas malhas do que resta da imprensa séria, estrategicamente saem de cena sem serem incomodados pela justiça, deixam os cargos temporariamente para depois voltarem ao poder eleitos pelo voto de miseráveis e analfabetos desinformados.
 
Infelizmente meu país foi tomado e está sendo destruído por uma espécie de gente outrora só encontrada no interior dos presídios; hoje abundante no poder Executivo e principalmente no Legislativo, que prepara-se para após as eleições de 2014, receber e blindar mais um nobre, a candidatíssima a deputada federal "Rose"... sim, ela mesmo, Rosemary Noronha.
 
Um bando sem escrúpulos, sem civismo e sem moral tomou conta do governo e usa o dinheiro público além de todos os meios escusos para se perpetuar no poder.
Apoderaram-se dos grandes meios de comunicação, através da oferta de publicidades oficiais superfaturadas que esvaziam os cofres da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e da falida Petrobras e compram jornalistas de caráter duvidoso para divulgarem entre o pobre substrato cultural brasileiro pacotes de mentiras.
 
A presidente da república, desrespeitando regras, está em plena campanha pela reeleição. Aparece na televisão e demonstrando o maior cinismo nos chama de idiotas ao anunciar renúncias fiscais, redução na conta de energia, desoneração de cesta básica etc.
 
Impedir a roubalheira generalizada entre os "cumpanhero" para que sobrem recursos para os investimentos, isso não é feito. Vergonhosamente acaba de criar mais dois ministérios para abrigar politiqueiros, donos de currais eleitorais que futuramente lhes darão apoio político-eleitoral.
Saibam que ela transfere recursos do BNDES, dinheiro público, para obras no paraíso de Fidel Castro e para a destroçada Venezuela, país sul americano pioneiro na produção de múmia. Um vergonha infelizmente chamada Brasil.


17 de março de 2013
Humberto de Luna Freire Filho é Médico.
 
NOTA AO PÉ DO TEXTO
 
Somente haveria diferença, se houvesse alguma semelhança. Na ausênia desta, o que sobra realmente, é uma brutal ausência de civismo entre eleitores, que em última instância, são os responsáveis pela bagunça reinante.
Tudo bem que um grande eleitorado compõe o reduto do bolsa família, refém de uma esmola chamada "distribuição social de renda", mas nos bastidores das artimanhas políticas, não passa de mero curral eleitoreiro, arrastando expressiva votação. 
Mas não está tudo bem, quando os mais bem informados se calam diante das iniquidades e da desfaçatez, compondo uma grande maioria silenciosa. 
Não está tudo bem, quando essa grande maioria silenciosa não promove publicamente demonstrações de agravo contra a corrupção que domina as instituições; não bissextamente, como acontece, quando algum grande escândalo explode na ainda existente imprensa - o que tem acontecido com frequência nestes tempos republicanos de mediocridade e safadeza.
Não está tudo bem, quando pequenos delitos fazem parte da nossa cidadania, como a propina para o guarda de trânsito, a transferência de pontos de uma carteira de habilitação para outra e outras mazelas do gênero, tão comuns que já receberam o carinhoso apelido de "jeitinho brasileiro" e que são os vetores para os grandes crimes políticos como o mensalão, por exemplo, ou os 'cachoeiras', alimentados pelo cinismo de uma classe política que se diz 'elite' e representante do povo, o que fica notório diante da petição ignorada pelas excelências, que reuniu 1.600.000 assinaturas contra a imoralidade chamada Renan.
O exemplo de civilidade e respeito às Leis, como se demonstra no post acima, paira no limbo da utopia quando se trata de Brasil.
Alguma consciência coletiva há de nascer do caos em que vivemos. Lamentável é que ela possa ocorrer tardiamente, quando então será punida severamente pelos senhores das trevas dominantes.
m.americo
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário