"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 24 de abril de 2013

DILMA AFIRMA QUE JUROS VÃO CONTINUAR OSCILANDO EM "PATAMARES ACEITÁVEIS"

Em evento, presidente destacou baixa taxa de desemprego do Brasil e ressaltou ‘que o país tem controle da inflação’



A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira que o país precisa ser competitivo para crescer em um ritmo acelerado e, por isso, os juros foram reduzidos a "patamares aceitáveis". Dilma afirmou que, apesar do esforço do governo, os juros básicos vão continuar oscilando, mas dentro de níveis adequados com os padrões internacionais. A presidente participou, nesta noite, do II Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, organizado pelo Frente Nacional de Prefeitos, que reúne capitais e grandes cidades.
 
— Este país tem de crescer acelerado. Para crescer acelerado, ele tem que ser competitivo, daí porque fizemos um grande esforço, do início do governo até hoje. Primeiro, nós reduzimos os juros brasileiros para patamares aceitáveis. Reduzir os juros para patamares menores não significa que ele não suba e não desça. Ele vai continuar subindo e descendo, mas ele vai fazer isso num nível mais adequado para os padrões internacionais.
 
A presidente afirmou que, dentro do processo para fazer o Brasil mais competitivo, o governo reduziu o custo da energia, investiu em ferrovias e rodovias, propôs a abertura dos portos e desonerou a folha de pagamentos das empresas. Dilma destacou que o Brasil tem um dos menores níveis de desemprego do mundo, com 5,5% e afirmou que o país tem controle da inflação.
 
— Temos um país fiscalmente estável, porque os outros países têm dívidas sobre PIB de 90%, 125%, como é o caso da Itália. Nós temos uma dívida líquida sobre o PIB de 35%. Temos US$ 378 bilhões de reservas. Somos um país estável, que está procurando o caminho do crescimento estável e precisamos ser competitivos — afirmou.
 
Diante de uma série de reivindicações apresentadas pelo presidente da frente, João Coser, ex-prefeito de Vitória, Dilma explicou que nem tudo será atendido, porque é preciso respeitar o Orçamento da União e cuidar da inflação.
 
— Não vou atender tudo. Não tenho a menor condição. Vou procurar o máximo possível. Eu cumpro a Lei de Responsabilidade Fiscal. Eu garanto que as contas fiscais brasileiras serão estáveis. Eu tenho de garantir também que a inflação esteja sob controle. Eu tenho Orçamento e regras claras, não posso criar despesas — disse.
 
A presidente cobrou ainda dos prefeitos uma gestão pública eficiente e controle do custeio da máquina pública. Segundo ela, nenhum país do mundo se desenvolveu sem ter gestão eficiente.
 
Dilma disse ainda que é possível crescer com inclusão social e preservando o meio ambiente. Segundo a presidente, "não é possível construir o novo e ao mesmo tempo desconstruir o meio ambiente".
 
— A sustentabilidade caminha junto com inclusão social, produtiva e cidadã. De forma alguma podemos considerar que a miséria seja sustentável, assim como não é sustentável o desmatamento — disse a presidente.
 
A presidente voltou a afirmar que seu governo não faz distinção de partidos políticos na relação com os prefeitos e os governadores.
 
— No passado, se olhava muito para que time torcia o prefeito, o governador ou o presidente da República ou de que partido ele era. Esse relacionamento de forma republicana é algo que só engrandece os agentes públicos aos olhos do país e isso, de fato, é fazer política com "p" maiúsculo. Isso é o que significa de forma efetiva utilizar os recursos públicos - afirmou.
 
24 de abril de 2013
Luiza Damé - O Globo

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