"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 16 de abril de 2013

PALOCCI, BICAMPEÃO DE GATUNAGEM


Antonio Palocci teve duas vezes que deixar ministérios petistas por ladroagem explicita, mas como um gatuno, ele tem o dobro das vidas dos gatos, que são sete, assim volta sempre e cada vez mais forte.
Vamos relembrar: no dia 27 de março de 2006, exercendo o cargo de ministro da Fazenda e considerado o homem forte do governo Lula, viu-se constrangido a pedir demissão, quando mandou ilegalmente quebrar o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, testemunha de acusação contra Palocci, que declarou tê-lo visto freqüentando a mansão para reuniões de lobistas acusados de interferir em negócios de seu interesse no governo Lula, para partilhar dinheiro além de abrigar festas animadas por garotas de programa.
Depois de um curto período de ostracismo, foi trazido de volta à ribalta pela candidata Dilma Rousseff, como membro e líder da coordenação nacional da campanha.
No novo governo petista foi nomeado, no dia 1° de janeiro de 2011, ministro-chefe da Casa Civil.
Mas passados pouco mais de cinco meses o poderoso ministro de Dilma Rousseff teve que renunciar acusado de ter em quatro anos multiplicado por 20 o patrimônio declarado em 2006.
Esperava-se que este fosse o fim do homem público Antonio Palocci; ledo engano, num país onde Luiz Inácio Lula da Silva continua dando as cartas, tudo pode acontecer, ele, como João Valentão de Dorival Caimy, “faz coisas que até Deus duvida”.
O metalúrgico, que está em franca decadência, com seu prestígio popular descendo aos trambolhões a ladeira, resolveu rasgar a fantasia e sem o mínimo pejo fez cocô molinho na cabeça daquela que pensa que manda, mostrando que, salvo prova em contrário, quem manda mesmo ainda é ele e…ponto!
Sem consultar ninguém e na surdina (mas não muito), na primeira semana de março, tirou da câmara ardente o “ex-ministros” que tal qual um Lázaro redivivo foi correndo ao encontro, na Toca do Ali Baba (Instituto da Cidadania), depois de uma conversa de 3 horas, ficou estabelecido que Palocci faria semanalmente avaliações da Política econômica e, mais ainda, seria o intermediário para aparar as arrestas entre o PT e o empresariado.
Na quarta-feira três, durante sete horas o ex-ministro esteve reunido com Falcão, Lula e a “presidenta” Dilma no hotel Unique, em São Paulo.
Na pauta estava a sucessão estadual e dois possíveis candidatos ao governo paulista participaram de parte do encontro: Aloyzio Mercadante, ministro da Educação, Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo.
De acordo com um dos presentes, durante a reunião Lula pediu abertamente sugestões a Palocci para iniciar uma estratégia capaz de atrair banqueiros para o projeto petista em São Paulo.
Em uma conversa reservada, porém, o ex-presidente teria pedido ao ex-ministro que sondasse junto aos banqueiros qual dos pré-candidatos petistas seria aceito com maior entusiasmo. Em 2010, apenas 7% dos recursos da campanha de Dilma vieram dos grandes bancos.

Acho que está de bom tamanho, pois o país reforçou sua equipe oficial de ladrões, seja por ação, seja por omissão conivente.
16 de abril de 2-13
Giulio Sanmartini

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