"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 22 de junho de 2013

CRISE DE DILMA. GERAÇÃO DE EMPREGO CAI 48% PIOR RESULTADO EM 21 ANOS

Geração de emprego cai 48% em maio, com 72 mil vagas, pior resultado para o mês em 21 anos.  No ano, criação de vagas recua 24%, com geração de 669 mil postos de trabalho
 
 
O mercado formal de trabalho registrou em maio a geração líquida de 72.028 empregos — uma queda de 48,4% em relação ao saldo obtido no mesmo período do ano passado, que foi de 139.679.
Foi o pior resultado para o mês em 21 anos, perde apenas para maio de 1992, quando o resultado foi positivo em apenas 21.533 postos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho.
Entre janeiro e maio, foram criados 669.279 postos de trabalho, considerando dados ajustados (dados enviados pelas empresas depois do prazo), o que representa um recuo de 24% na geração de vagas. Nos mesmos meses do ano passado, haviam sido geradas 877.909 postos de trabalho.
 
O resultado do emprego com carteira assinada em maio foi influenciado pelo desempenho negativo da construção civil, que fechou 1.877 vagas. No mesmo período do ano passado, o setor respondeu por um saldo líquido de 14.886 postos novos. Também chama a atenção a desaceleração das contratações no segmento de serviços, que respondeu por 21.154 novos empregos — queda de 52,5%, em comparação ao saldo líquido obtido no mesmo mês de 2012, que foi de 44.587.
 
O comércio abriu apenas 36 vagas, contra 9.749 em maio do ano passado. O nível do emprego também caiu na indústria, que respondeu por 15.754 postos no mês passado, abaixo dos 20.299 criados em igual período de 2012. Devido ao período de safra, a agricultura apresentou saldo positivo de 33.825 vagas, também abaixo do resultado registrado no ano passado, que foi de 46.261.
 
Entre os estados que mais contrataram estão Minas Gerais, com saldo líquido de 25.916 postos e São Paulo, com 22.434. O Rio respondeu por 4.575 contratações.

22 de junho de 2013
Geralda Doca - O Globo

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