"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 29 de junho de 2013

"GENERAIS-DITADORES" BRASILEIROS MORRERAM SEM DINHEIRO, ENQUANTO LULA...

O momento é mais do que oportuno para republicar um post do jornalista Carlos Chagas, de
17 de julho de 2012, que o comentário do Fernando Arenas Jabur  desencavou dos arquivos do blog.
Oportuno porque no momento em que a nação, não suportando mais a quadrilha que se apossou do Estado, grita e se rebela nas ruas contra a vergonhosa corrupção e desgoverno a que chegamos, nada mais justo, quando se tem uma "comissão da verdade" esforçando-se para denegrir as Forças Armadas, olhando apenas para o lado 'direito', omitindo ou fazendo de conta que não existe o lado 'esquerdo', afrontando o país com as suas meias verdades, escondendo debaixo do tapete a face da verdadeira história dos difíceis anos da Revolução, trazer à luz o caráter e a honestidade dos que buscaram governar e administrar a ordem num país sublevado.
No momento em que o Brasil abriga o Fórum de São Paulo, promovendo e disseminando a nova ordem comuno-fascista na América Latina, o Brasil dá a impressão de que acordou, discordando da babel e clamando pela renovação, que somente se fará mediante uma séria Reforma Política.
Republico, pois, o post do jornalista Carlos Chagas, como uma referência ética que deve pautar o comportamento do Congresso e dos parlamentares.
m.americo


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Erros foram praticados durante o regime militar, eram tempos difíceis.
Claro que no reverso da medalha foi promovida ampla modernização de nossas estrutura materiais. Fica para o historiador do futuro emitir a sentença para aqueles tempos bicudos.
Mas uma evidência salta aos olhos.
Quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas.
Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana.
Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu, precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão.
Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio.
João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos depois colocaram à venda, ao que parece em estado lamentável de conservação.
Não é nada, não é nada, mas os cinco generais-presidentes até podem ter cometido erros, mas não se meteram em negócios, não enriqueceram, nem receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus governos. Sequer criaram institutos destinados a preservar seus documentos ou agenciar contratos para consultorias e palestras regiamente remuneradas.
Bem diferente dos tempos atuais, não é?
Por exemplo o Lulinha, filho do Lula, era até pouco tempo atrás funcionário do Butantã/SP, com um salário (já na peixada política) de R$ 1200,00 e hoje é proprietário de uma fazenda em Araraquara, adquirida por 47 milhões de reais, e detalhe, comprada à vista.
Centenas de outros políticos, também trilharam e trilham o mesmo caminho.
Se fosse aberto um processo generalizado de avaliação dos bens de todos os políticos, garanto que 95% não passariam, seria comprovado destes o enriquecimento ilícito.

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