"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 26 de junho de 2013

"NÃO TENHO A MENOR VONTADE DE ME LANÇAR CANDIDATO A PRESIDENTE DA REPÚBLICA" - JOAQUIM BARBOSA

Presidente do Supremo assinala que pensa em sair da vida pública, provavelmente após encerrar o seu mandato a frente do STF
 
Foto: Givaldo Barbosa/Agência O Globo
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, durante entrevista coletiva.
 
Em meio às manifestações que ocorrem nas ruas das grandes cidades do País, onde parte da população reclama da falta de representatividade na política nacional, o nome do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, surgiu como um dos preferidos para disputar e assumir a Presidência da República.

Barbosa, no entanto, diz que, apesar de se sentir lisonjeado, não tem interesse no assunto e voltou a negar que se lançará candidato nas eleições de 2014. Em entrevista nesta segunda-feira (25) no STF, o ministro deu a entender que após concluir seu período como Presidente do Supremo pode se aposentar.

— Eu me sinto extremamente lisonjeado, apesar de não ser político, jamais ter feito campanha política, ser lembrado. É excelente para minha vida pessoal, para o meu histórico. [...] Não tenho a menor vontade de me lançar candidato a presidente da República. Tenho quase 41 anos de vida pública, está chegando a hora. Chega.

O presidente do Supremo minimizou o resultado das pesquisas atuais, analisando que a lembrança de seu nome para a Presidência vem de “algumas poucas camadas da população brasileira”. Segundo ele, no universo das manifestações, “não estão representados todos os extratos da população”.

As declarações foram dadas após a reunião de Barbosa com a presidente Dilma Rousseff, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, para discutir o momento político do País.

Uma pesquisa do instituto Datafolha, divulgada na última sexta-feira (21), mostra que Joaquim Barbosa é o nome preferido dos manifestantes paulistanos para suceder a presidente Dilma Rousseff nas eleições do ano que vem.

De acordo com o instituto, Barbosa foi o escolhido de 30% dos entrevistados, contra 22% da ex-senadora Marina Silva, que tenta montar a Rede Sustentabilidade para concorrer ao Planalto em 2014.

 COMENTAMOS:     Não votaríamos em Joaquim Barbosa para Presidente da República, apesar de admirarmos sua biográfica, sua coragem, o seu currículo de homem público.

Sem experiência política, mancharia sua história levando o país ao caos, brigando com tudo e com todos, sem respeitar limites, nem avaliar com ponderação as circunstâncias. É assim que ele age, nos julgamentos do Supremo Tribunal Federal, onde tem que lidar com umas poucas vozes discordantes do seu, às vezes, exacerbado ponto de vista.

Ele foi ótimo, competente e corajosamente duro, como relator do mensalão. Mas isso, só isso, não o demonstra que ele esteja preparado, para ser presidente da república. Ainda melhor, podemos dizer que seu comportamento irascível, durante o julgamento e em alguns momentos recentes, demonstra que ele cumpriu o seu papel histórico, mas não pode ser cogitado, como candidato, apenas porque o país está carente de lideranças confiáveis.

Somos orgulhosos de Joaquim Barbosa, como brasileiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, mas eleição é outra coisa.

26 de junho de 2013
Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo, Zero Hora, Estadão

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