"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 26 de junho de 2013

DEPUTADO CONDENADO À PRISÃO PELO SUPREMO VAI SE ENTREGAR À JUSTIÇA


O deputado Natan Donadon assistiu em casa à sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que hoje ordenou sua prisão imediata, após a derrubada de sucessivos recursos contra sua condenação pelos crimes de formação de quadrilha e peculato. O iG apurou que, depois de assistir à transmissão da sessão pela TV Justiça, de seu apartamento funcional em Brasília, Donadon avisou a pessoas
próximas que já decidiu se entregar à polícia. Ele aguarda apenas a expedição do mandado de prisão.

A postura do deputado, sujeito a uma pena de mais de 13 anos prisão, é bem diferente da que adotou no início deste ano, quando a Procuradoria-Geral da República se pronunciou sobre o caso e pediu que sua prisão fosse executada.

Na época, Donadon passou várias semanas sem ser visto tanto em Brasília, quanto em Vilhena (RO), sua cidade natal, ou Porto Velho, capital de Rondônia. Na época, assessores e pessoas próximas ao deputado se limitavam a dizer que estava “recolhido em local reservado” e evitavam dar qualquer informação sobre o paradeiro do parlamentar.

Donadon foi condenado em outubro de 2011 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por fraudes contra a Assembleia Legislativa de Rondônia. Os ministros, na época, acataram a denúncia da PGR, segundo a qual ele integrava uma quadrilha que desviou R$ 8,4 milhões da assembleia entre os anos de 1995 e 1998. O deputado ingressou com embargos declaratórios, mas todos foram negados.

Naquela época, a Procuradoria tentava justamente antecipar-se ao acórdão sobre o julgamento do deputado, sob o argumento de que a “aplicação imediata da pena” seria cabível diante da característica da decisão tomada em plenário pelo STF, ao recusar os recursos apresentados pelo parlamentar.

Já naquele tempo, amigos do deputado diziam que ele se mostrava deprimido desde sua condenação no Supremo e, por isso, havia passado a evitar aparições públicas. Ele mantinha, entretanto, sua rotina normal na Câmara dos Deputados. Participava de reuniões de bancada, comissões e votações.

26 de junho de 2013
Wilson Lima (Ig)

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