"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

LUPI CULPA DILMA: "ELA QUER QUE EU FIQUE."

O regresso ao picadeiro foi ainda mais bisonho que o numerito de estreia.

Parlamentares oposicionistas escancararam a fábrica de mentiras e ampliaram o acervo de bandalheiras.

Os companheiros do PT nem deram as caras, os parceiros da base alugada resolveram antecipar o fim de semana.

Dos três senadores do PDT, um desejou boa sorte ao presidente licenciado e dois recomendaram que caia fora do primeiro escalão federal.

Nesta quinta-feira, durante o depoimento no Senado, Carlos Lupi só foi consolado pela solidariedade silenciosa do ex-suplente Wellington Salgado, o Rapunzel de Bordel, e pela estridência velhaca do representante do PCdoB, Inácio Arruda.
O Clube dos Cafajestes e a Irmandade dos Órfãos da Albânia.
Tudo a ver.

Morto insepulto em adiantado estado de decomposição, o que anima o ainda ministro do Trabalho a apodrecer em público, perseguindo pateticamente a ressurreição impossível?

“Ela quer que eu fique”, disse no meio da discurseira.

Ela. Dilma Rousseff.

O que ouviu exatamente?, quis saber um senador. “Só posso me limitar a dizer que ela pediu que eu continuasse”, fez mistério o depoente, caprichando na pose de quem parou de tratar de assuntos íntimos na frente dos outros.

Há uma semana, na Câmara, o galã de bolerão acusou-se de amar a presidente da República.

Nesta quinta-feira, no Senado, o rufião de botequim acusou-a de querer que fique onde está.

A segunda revelação é mais constrangedora que a primeira.

Até agora, imaginava-se que a vassoura da faxineira de araque só saía do armário na hora de varrer sujeiras para baixo do tapete.

Graças a Lupi, descobriu-se uma segunda serventia: em situações de alto risco, é transformada na muleta que mantém de pé um entulho apaixonado.

Augusto Nunes

Nenhum comentário:

Postar um comentário