"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

"NINGUÉM TINHA TIDO ESSA IDÉIA BILHANTE"

Contrariada, Marta zomba de Lula por escolher Haddad: ‘Ninguém tinha tido essa ideia brilhante’


Em entrevista concedida à Folha, Marta Suplicy não escondeu o seu descontentamento por ter sido alijada da disputa à prefeitura de São Paulo. De acordo com a senadora petista, a escolha de Lula representa “um erro” e seu partido terá de “trabalhar pra burro” se quiser eleger Fernando Haddad.
Leiam abaixo trechos da entrevista:

Excluída pelo PT da corrida à Prefeitura de São Paulo em 2012, a senadora Marta Suplicy afirmou ontem que a escolha do ministro Fernando Haddad (Educação) foi “um erro” do ex-presidente Lula.

Ela se disse “frustrada”, mas prometeu guardar os sentimentos “no armário” para apoiar o pré-candidato do partido, que ganhou a chapa sem ter que disputar prévias.

“Foi um erro ser assim. Agora vamos nos empenhar muito para que se transforme num acerto”, disse à Folha.
Marta afirmou que o lançamento do ministro, inexperiente em eleições, deve-se apenas à vontade de Lula. E sugeriu que a presidente Dilma Rousseff se viu forçada a obedecer ao padrinho.

“Foi uma decisão do Lula. Ninguém tinha tido essa ideia brilhante”, disse a ex-prefeita, em tom de ironia.
Ela se mostrou contrariada com a versão, difundida por integrantes do governo, de que teria pedido a Dilma que encenasse um apelo para justificar sua desistência.

“Foi um apelo dela. Não sei se de coração ou seguindo algo combinado com o Lula.”

Marta afirmou que o PT precisará “trabalhar para burro” para eleger Haddad e disse não arrepender da declaração, dada em agosto, de que Lula só insistiria no ministro se quisesse perder.

“Era o meu diagnóstico naquele momento. Para ser invertido? Vamos ter que trabalhar para burro“, afirmou.
“Vai depender bastante da militância do PT e do próprio desempenho dele. Vamos ter que nos esforçar muito.”
(…)

PREOCUPAÇÃO

A mágoa de Marta é a grande preocupação de Haddad e da cúpula petista, que dependem de sua participação para impulsionar a campanha -especialmente na periferia, onde ela é mais popular.
Ao anunciar sua saída do páreo, a senadora evitou declarar apoio ao ministro. Na noite de quarta-feira, ele foi ao apartamento dela em Brasília para pedir ajuda.

“Ele me pediu apoio, e eu disse que ia cooperar e me engajar na campanha”, contou a ex-prefeita.

O relato de Marta evidencia a desconfiança de Haddad. “Ele falou: ‘Mas você vai me ajudar?’ Eu falei: ‘Vou. Pode contar’. Vamos fazer uma programação e eu vou me engajar na campanha.”

Ontem, questionada sobre as bases do apoio, ela disse que “não ficou acertado nada”. “Estou a serviço. Eles vão avaliar onde eu posso ajudar. Não posso esquecer que também tenho meu trabalho como senadora, que é árduo.”

implicante

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