"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 22 de outubro de 2011

SURGEM PROVAS CONTUDENTES E OPOSIÇÃO EXIGE DEMISSÃO DO MINISTRO

Depois de mais uma revelação de VEJA sobre o escândalo no Ministério dos Transportes, a oposição intensificou o coro pela saída do ministro Orlando Silva.
O líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), acredita que, se a presidente Dilma não exonerar o subordinado, deixará claro que é conivente com a corrupção. "Se isso não for prova, Dilma legalizará a corrupção no País. Ou toma atitudes, ou ela chancela a corrupção em seu governo. Orlando tem que sair", opina o parlamentar.
Para Duarte Nogueira (SP), líder tucano na Câmara, a demissão do ministro já devia ter ocorrido na semana passada. E, agora, a situação se torna ainda mais grave: "A própria presidente, num ato de apoio ao PCdoB, fez ontem a manifestação de que precisava de provas. Se precisava, as provas estão aí", afirma.

A situação do ministro pode gerar um impasse: como fez nos casos anteriores, Dilma espera que o ministro peça demissão. Mas o PCdoB não aceita.
"Até agora ela não demitiu ninguém. Se o PCdoB e o Orlando Silva insistirem, não vai restar alternativa senão exonerá-lo", afirma o líder tucano. A oposição, que já pediu investigação sobre o ministro à Procuradorai Geral da República e cobrou satisfações de Orlando Silva quando ele esteve no Congresso, agora se prepara para a oitiva de João Dias, o policial militar que delatou o esquema. Ele vai comparecer à Comissão de Fiscalização Financeira da Câmara na semana que vem.

Reportagem - A edição de VEJA que chegou às bancas neste sábado mostra como assessores diretos do ministro Orlando Silva favoreceram João Dias usando um expediente fraudulento.

Em 2 de abril de 2008, o ministério havia encaminhado à Polícia Militar um ofício mostrando irregularidades cometidas por entidades controladas por Dias. Mas o delator do esquema foi até o ministério e cobrou uma mudança de posição. Deu certo. Cinco dias depois, o Esporte pediu à Polícia Militar que desconsiderasse o primeiro ofício. E o documento foi emitido com data anterior à real - uma farsa para permitir que o prazo para a defesa de João Dias fosse prorrogado.

"O que nós estamos tentando fazer aqui é remediar a m. que foi feita", diz, na reunião, Fábio Hansen, assessor especial de Orlando Silva. Os fatos mostram como o homem que foi chamado de "delinquente" pelo ministro gozava de privilégios dentro da pasta. ( Da Veja)

coroneLeaks

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