"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

COMPETÊNCIA DE ALOIZIO MERCADANTE ASSOMBRA O MUNDO!!!

Ah, sim! Este blog havia cometido uma falha e deixado de registrar mais um sucesso formidável na carreira de Aloizio Mercadante, que está pronto para levar sua estupenda competência para o Ministério da Educação. Faça-se justiça a Lula num particular: em oito anos de governo, jamais deu um ministério ao homem. Acabou convencendo Dilma a fazê-lo… Leiam texto da Folha:

Brasil é acusado de atrasar construção de megatelescópio

A construção do maior e mais avançado telescópio espacial do mundo, em solo chileno, está atrasada por causa do Brasil. A afirmação é de Tim de Zeeuw, diretor-geral do ESO (Observatório Europeu do Sul), o conjunto de instrumentos de observação em solo que mais produz publicações científicas no planeta.

“Fizemos várias tentativas de falar com o ministro da Ciência e Tecnologia [Aloizio Mercadante], mas nunca obtivemos qualquer resposta. Só silêncio”, disse de Zeeuw em um encontro com jornalistas brasileiros no Chile. Em dezembro de 2010, o Brasil assinou um compromisso de adesão ao ESO. O país seria o 15º membro do observatório, o único não europeu.

Para formalizar o acordo, porém, o texto precisa passar pelo Congresso e pelo Ministério das Relações Exteriores. O responsável por enviar esse material para a votação é o titular da pasta de Ciência e de Tecnologia, mas isso não aconteceu. Ao tornar-se membro do ESO, o Brasil tem amplo acesso às avançadas instalações do grupo. A contrapartida é o pagamento de uma anuidade.

Os cientistas brasileiros, porém, já receberam o direito de usar o observatório, como se o país fosse membro pleno. A bandeira do Brasil figura no site e em todo o material oficial do ESO. Pelas negociações iniciais, o acordo deveria ter sido enviado para o Congresso até dezembro do ano passado. As contribuições financeiras deveriam ter começado em 2012.

A indefinição já começa a ameaçar os projetos que dependem da participação brasileira, sobretudo a construção do E-ELT (European Extremaly Large Telescope), um gigante de 40 metros no deserto do Atacama, no Chile. “Sem a definição do Brasil, o ESO não tem como começar os contratos de construção. Essa demora é algo que me surpreende muito, especialmente com as condições que foram oferecidas ao país”, disse de Zeew. Essa não é a primeira vez que o país atrasa seus compromissos na área espacial.

O Brasil prometeu à Nasa e a outras agências, em 1997, que daria US$ 100 milhões para a construção da ISS (Estação Espacial Internacional), além de fabricar peças. O país nunca entregou os componentes e pagou só US$ 10 milhões do prometido. Acabou afastado do projeto. O diretor do ESO afirma que, se até o meio do ano a questão não for resolvida, o país pode ser substituído por Rússia, Israel ou Austrália, que têm interesse no projeto.
Por Reinaldo Azevedo

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