"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

REVISTA THE ECONOMIST DIZ QUE BRASIL PRATICA CAPITALISMO DE ESTADO

A reportagem de capa da última edição da revista britânica “The Economist”, lançada nesta quinta-feira, comenta sobre a ação do governo brasileiro em empresas e o crescimento das corporações nas chamadas economias de “capitalismo de Estado”.

A revista, cuja manchete é “O crescimento do capitalismo de Estado”, informa que o país, que passou por uma “abrangente privatização nos anos 1990″, agora está interferindo em decisões da Vale e da Petrobras e “convencendo empresas menores a formar grupos campeões nacionais”. A publicação revela que a África do Sul “flerta” com o modelo brasileiro.

De acordo com a matéria, os países do BRICS, que, além do Brasil, é composto por China, Índia, Rússia e África do Sul, “não estão promovendo apenas mudanças duras de infraestrutura, mas também na infraestrutura de corporações nacionais”.

“The Economist” ressalta que os sustentadores do “capitalismo de Estado” argumentam que é possível prover estabilidade e crescimento ao mesmo tempo e que o sistema só pode ser dirigido por um Estado competente.

A reportagem revela que a relação com a cultura mandarim ajuda os países asiáticos a desenvolver a boa administração do Estado, mas não é vista no Brasil e na África do Sul, que também estão incluídos no grupo dos emergentes.

O texto ressalta que os países que aplicam esse modelo, especialmente a China, “não veem problemas em manter a mistura entre o Estado e as empresas” e questiona o sucesso do modelo e as perspectivas para os mercados emergentes.

A reportagem ainda compara a expansão da China e de outros países em desenvolvimento com a explosão japonesa na década de 1950, o crescimento alemão de 1870 e os Estados Unidos após a independência.

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