"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

SAI O ALHO E ENTRA O BUGALHO

Confirmado o que já era fava contada: Aguinaldo Ribeiro entrou no lugar de Negromonte na pasta das Cidades. É o caçula dos ministros candidatos a novos escândalos e a um previsível pedido de demissão precoce, mania aloprada de Dilma governar.

Nesse episódio, nem Dilma demitiu Negromonte e, muito menos, escolheu Aguinaldo. Pesou a velha amizade com o Partido Progressista e, decerto, o vasto currículo do mais recente aprendiz de malfeitorias na Esplanada dos Ministérios.

Com cara de folha-corrida, o histórico do deputado que virou ministro, reúne os pré-requisitos essenciais para chegar ao status de ministro de Estado nesse complemento de uma década de domínio petista.

No ano passado, como líder do PP, ele enviou uma indicação para Negromonte incrementar o programa Minha Casa, Minha Vida em Pilar (PB), município distante 55 quilômetros da capital João Pessoa que, casualmente, é administrado por sua mãe, Virgínia Maria Veloso Borges.

E foi também do alto de sua liderança que o agora novo empastelador das Cidades favoreceu no Orçamento de 2012 o curral eleitoral da irmã, a deputada estadual paraibana Daniella Ribeiro (PP), pré-candidata a prefeita de Campina Grande (Paraíba) este ano.

Nem precisava tanto, mas além disso Aguinaldo tem dois processos por improbidade rolando no Supremo. Quer dizer, um prontuário do tamanho e do feitio que o ministério de Dilma gosta e que esse terceiro mandato lulático merece.

Em tudo isso, no entanto, o que mais contou nessa troca do alho Negromonte pelo bugalho Aguinaldo é que Dilma foi eleita para governar, mas se deixa dominar.

2 de fevereiro de 2012
sanatório da notícia

Nenhum comentário:

Postar um comentário