"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 21 de março de 2012

EMPRESAS QUE FRAUDAM LICITAÇÕES NO RIO RECEBERAM R$ 152,3 MILHÕES DO GOVERNO FEDERAL

Reportagem do site Contas Abertas mostra que três das empresas flagradas pelo programa ‘Fantástico’, da TV Globo, oferecendo propina para fraudar licitação no hospital Clementino Fraga, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, também prestam serviços para o governo federal.

Segundo a oportuna reportagem do site, o valor dos contratos com a administração federal direta soma R$ 152,3 milhões entre o início de 2010 e março deste ano.

A maior beneficiária dos contratos é a Rufolo – Empresa de Serviços Técnicos e Construções Ltda, que foi chamada para a licitação de contratação de mão-de-obra para jardinagem, limpeza, vigilância e outros serviços, que recebeu R$ 73,1 milhões.

Em seguida, vêm a Locanty Soluções (coleta de lixo) e a Toesa Service (locadores de veículos), que receberam R$ 70,1 milhões e R$ 9,1 milhões, respectivamente.

Apenas a empresa Bella Vista Refeições Industriais, também envolvida nas denúncias veiculadas pela TV Globo, ainda não celebrou contratos a nível federal. Mas ela vai chegar lá, não tenham dúvidas.

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FECHANDO A PORTA???

Em função do escândalo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou portaria suspendendo os contratos com as empresas flagradas.

Paralelamente, a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciaram uma devassa nas compras de produtos e serviços em hospitais públicos no Estado, ante suspeitas de fraudes generalizadas.

Todos os contratos dessas empresas – não só com o hospital fluminense, mas com a saúde pública em todo o País – passarão pelo pente fino do Ministério, que acionou o Departamento Nacional de Auditoria do SUS para atuar em parceria com a CGU na devassa.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG


Não vai dar em nada. É praticamente impossível comprovar esse tipo de corrupção, depois de realizada a concorrência. Os políticos, como sempre, estão apenas “jogando para a arquibancada”, como se diz no linguajar futebolístico. Ao cancelar os contratos, o governo corre até o risco de ser processado e indenizar as empresas. No Brasil, a corrupção é invencível.

21 de março de 2012
contas abertas

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