"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 7 de abril de 2012

EM VÍDEO, A SESSÃO DE DESAGRAVO A DEMÓSTENES

Quarenta e quatro dos 72 senadores presentes ao plenário no dia 6 de março prestaram solidariedade ao senador goiano. Um mês depois, com o desenrolar das investigações, ele não tem apoio público de nenhum deles mais

Teve toques de ópera-bufa política o primeiro – e único – discurso em que Demóstenes Torres, no Plenário do Senado, tentou explicar sua relação com Carlinhos Cachoeira. Acompanhadas de gestual a conotar firmeza de caráter, a prosódia era aplicada pelo senador com desenvoltura teatral – o pronunciamento, com o desenrolar dos fatos, revelar-se-ia pura retórica. Apartes surgiam de 44 senadores de todos os matizes partidários, irmanados em entusiástico tom de solidariedade e desagravo ao colega de instituição.
Naquele dia, 6 de março, o painel eletrônico do palco das decisões da Alta Casa registrou a presença de 72 dos 81 senadores em exercício. Ao todo, a sessão de solidariedade durou cerca de 1h40 minutos.

O outrora implacável senador Demóstenes

Clique aqui e veja o que disseram os 44 parlamentares

“Minha vida sempre foi um livro aberto, e continuará sendo”, garantiu Demóstenes, que utilizou a tribuna por 8 minutos e 22 segundos para fazer a defesa. Senadores imediatamente se mostraram seduzidos pela cantilena do parlamentar goiano, diante de um discurso ensaiado e bem redigido em conjunto com seu departamento jurídico.
Como não raro acontece no Senado – quando um dos seus tem destaque negativo na imprensa e se diz injustiçado ou caluniado, acorrendo ao calor humano do plenário –, verificou-se uma enxurrada de palavras amigas ao colega. Quando Demóstenes já recolhia seus papéis e se preparava para descer do púlpito, Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu a palavra, prontamente concedida.

Confira aqui o discurso de Demóstenes e os primeiros apartes de apoio:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=NtEELwRLLqM


http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=xCW3xapXAZI


http://www.youtube.com/watch?v=CYaIKVyRA1I&feature=player_detailpage

07 de abril de 2012












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