"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 1 de maio de 2012

CRISE DAZONA DO EURO FAZ SUA DÉCIMA VÍTIMA


Com a queda do governo da Holanda nesta segunda-feira (23), chega a dez o total de governos europeus que caíram após o início da crise financeira na zona do euro.

Nos últimos dois anos, Islândia, Irlanda, Grécia, Portugal, Reino Unido, Eslováquia, Romênia, Espanha e Itália viram seus governos caírem por efeitos da crise ou por dificuldade de aprovar os planos de austeridade – medidas bastante impopulares, já que representam demissões e diminuição de salários e benefícios.

Na Holanda, o primeiro-ministro Mark Rutte apresentou ontem a sua renúncia e de todo o seu gabinete à rainha Beatrix após fracassar na aprovação do orçamento de 2013. Rutte tentou aprovar um corte das despesas públicas em 3% no orçamento. A rainha aceitou a renúncia, e nesta terça-feira (24) o parlamento holandês discutiu o que fazer após a renúncia. Segundo o jornal britânico The Guardian, os partidos políticos não conseguiram chegar a um acordo.

Há divisões claras entre o governo interino de Mark Rutte e vários grupos de oposição no Parlamento sobre o orçamento de 2013. Os partidos Trabalhista, Socialista e Democráto sugeriram que o corte fosse menor que 3%, ou que as regras fossem mais flexíveis, argumentos rejeitados pelo governo interino. Enquanto isso, a extrema direita holandesa tenta forçar o país a abandonar o euro.

Segundo a Agência EFE, as eleições na Holanda devem acontecer apenas após as férias de verão, em agosto, mas ainda não há uma data marcada.
A Holanda não é o único país da zona do euro a enfrentar uma semana turbulenta. A Grécia, economia está na pior situação entre os europeus, está prevendo uma recessão no país ainda pior do que a esperada anteriormente.

Segundo o Banco da Grécia, o PIB do país deve cair 5% este ano, e o desemprego está em 21,8%, atingindo mais de 50% dos jovens gregos. Além disso, a previsão é que os salários caiam 10% devido à implementação das medidas de austeridade fiscal.
Foto: O primeiro-ministro Mark Rutte fala no Parlamento após anunciar a sua renúncia. Peter Dejong/AP

01 de maio de 2012
Bruno Calixto
Época

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