"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 14 de junho de 2012

ANTIGO LADRÃO ASSOCIA-SE AOS NOVOS


O ladrão obrigado a sair do Palácio do Planalto a forceps, Fernando Collor de Mello, no momento mais crítico de sua carreira presidencial, teve uma enorme ajuda contra, de Luiz Inácio Lula da Silva, até então um candidato derrotado, que encontrara uma forma de vingar-se daquele que o vencera nas urnas (fotomontagem).


Collor, parecia ter sido condenado ao ostracismo, pela suspensão de seus direitos políticos por oito anos (1992/2000), mas foi somente um período de hibernação, pois voltou à política em 2002 disputando o governo do estado de Alagoas, todavia foi derrotado no primeiro turno .
Collor não desistiu e em 2006 foi eleito senador, cargo que ocupa até hoje.
Demonstrando uma total falta de caráter, por interesses políticos passou a apoiar seu ex-carrasco político Lula, quando este enfrentava a crise política do “mensalão”.
Nessa CPI de Cachoeira ele consolidou a aliança com o PT. No dia 12/6, durante o depoimento do governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB), acusado de envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira, Collor e o deputado Candido Vaccarezza (PT-SP), ao invés de perguntarem sobre o assunto em tela, isto é, as irregularidades cometidas pela empreiteira Delta na região Centro-Oeste, ambos resolveram atacar a imprensa e o ex-presidente, o fez de uma forma particularmente chula.

As perguntas de Collor a Perillo foram referentes à Editora Abril e ao redator-chefe e chefe da sucursal da Veja em Brasília, Policarpo Junior. O governador tucano afirmou que, até pelo que saiu na imprensa no decorrer dos últimos dois meses, conhecia o nome do jornalista, mas que nunca soube da suposta ligação dele com Cachoeira. Ante a negativa de envolvimento do profissional da comunicação com o grupo do contraventor, o senador petebista partiu para o ataque.

“O senhor Policarpo Junior era o centro de toda essa organização criminosa. Ele agia em conjunto com Cachoeira. Muitas denúncias dele eram divulgações combinadas com o bicheiro. E o Cachoeira comemorava o resultado dessas publicações”, para não perder a viagem, ainda acusou a Editora Abril de ter agido de forma ilegal, pois, segundo ele, a empresa foi parceira de conteúdo de Cachoeira e no final ainda ofendeu o jornalista Lauro Jardim, titular da coluna ‘Radar’ e do blog ‘Radar On-line’, afirmando:
 “É um borrador”.
Collor não perdoa que a Veja, fazendo um correto jornalismo investigativo tenha publicado as informações que o constrangeram a renunciar. Apesar de seu peculato ter sido, inadvertidamente, perdoado pelos eleitores, que o puseram como senador da República.

(*) Texto de apoio: Anderson Scardoelli

14 de junho de 2012
giulio sanmartini

Nenhum comentário:

Postar um comentário