"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 1 de junho de 2012

CPMI VIRA BORDEL

As chicanas do ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, são tão chulas que transformaram a CPMI de Carlinhos Cachoeira em uma piada de mau gosto em salão de uma casa de putas pobres.
A lei do silencio, que ele mandou seus clientes (fregueses?) criminosos usarem, é um bofetão na cara das pessoas de bem que resistiram ao furacão petista que tomou o governo do país.


No dia 30 seis acusados envolvidos na organização criminosa comandada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, vulgo Carlinhos Cachoeira, deveriam depor na CPMI, só compareceram quatro, e estes, simplesmente, mantiveram-se calados, alegando que assim fizeram para não produzir provas contra si mesmos.
A turma do silêncio foi a seguinte: Cláudio Abreu, ex-diretor da empresa Delta no Centro-Oeste, José Olímpio de Queiroga Neto, apontado como um dos gerentes da organização investigada, Lenine Araújo de Souza, investigado como contador da organização, e Gleyb Ferreira da Cruz, apontado como “laranja” de empreendimentos de Cachoeira.

Quer dizer que estes salafrários achincalham, o já bem combalido poder Legislativo. O autor intelectual dessa cena burlesca, Thomaz Bastos, já foi advogado do hoje ex-presidente Lula, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (1987) e ministro da Justiça entre 2003 e 2007.

Mas ao que parece, Thomaz Bastos não se sairá dessa empreitada airosamente, primeiro há suspeita que tenha praticado crime de lavagem de dinheiro ou receptação não intencional de recursos de atividades criminosas. Depois o fato de Thomaz Bastos receber R$ 15 milhões em honorários para defender Cachoeira é indício de crime. Haja vista que toda sociedade brasileira sabe que Cachoeira não tem condição de pagar honorários elevados com renda lícita; logo, é de se presumir que os recursos foram obtidos por meio criminoso.

Não é razoável Thomaz Bastos, que, como ministro da Justiça, teve a missão de defender o Estado brasileiro da ação deletéria de infratores, agora passe a defender um desses infratores. Isso fere de morte a ética e a moral.
Ilude-se que espera que alguma pessoa honesta e correta possa provir do governo Lula

01 de junho de 2012
Giulio Santmartini
(*) Texto de apoio: Eduardo Militão.

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