"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 3 de julho de 2012

GOLPE BOLIVARIANO COMANDADO POR DILMA REVOLTA PARLAMENTO URUGUAIO

Os partidos uruguaios Nacional, Colorado e Independiente, de oposição, decidiram ontem convocar o ministro das Relações Exteriores, Luis Almagro, para dar explicações no Senado sobre a transformação da Venezuela em membro pleno do Mercosul. Legisladores do Partido Colorado também anunciaram que não vão mais participar das reuniões do Parlamento do bloco se for proibida a entrada de políticos paraguaios. Para a oposição, Almagro "mentiu" quando disse a legisladores uruguaios que a suspensão da participação do Paraguai nas reuniões do bloco não precipitaria a entrada da Venezuela no Mercosul.

Em entrevista à rádio El Espectador, Almagro confirmou o que chamou de intervenção "decisiva" da presidente brasileira, Dilma Rousseff, em reunião com seu colega uruguaio, José Mujica, para que se aceitasse a Venezuela como membro do Mercosul. Segundo Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência brasileira para assuntos internacionais, a decisão de incluir a Venezuela no Mercosul foi proposta por Mujica e acatada pelos demais países.

O senador Jorge Larrañaga, do Partido Nacional, classificou a suspensão do Paraguai e a entrada da Venezuela no Mercosul de "vergonha" e de "ato de entreguismo inédito na história do Uruguai". O ex-presidente uruguaio e senador Luis Alberto Lacalle, também do Partido Nacional, se reuniu na sexta com o presidente paraguaio, Federico Franco. O objetivo da visita, segundo o senador, foi oferecer-lhe apoio e colocar-se como "mensageiro" do novo governo dentro do Senado uruguaio. Deputados e senadores da oposição pedem a renúncia de Almagro.
 
(Folha de São Paulo)
03 de julho de 2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário