"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 18 de julho de 2012

O QUE SE VIU NA SÍRIA, NESTA QUARTA-FEIRA TEM NOME - TERRORISMO

Eu não sou um entusiasta disso que chamam “Primavera Árabe”, vocês sabem. Acho que, infelizmente, é o radicalismo islâmico que está ganhando espaço nessa jornada. Custará caro. E espero, obviamente, estar errado. O fato de Bashar Al Assad ser um ditador asqueroso, a exemplo de outros que já caíram, não deve servir de pretexto para considerar aceitáveis certos métodos. Aquilo a que se assistiu na Síria nesta quarta-feira tem nome: atentado terrorista. Condescender com isso corresponde a aceitar qualquer método, inclusive os de Assad, ora essa!

É democracia o que quer a “oposição” Síria? É um regime civilizado o que pretende o tal grupo Liwa al Islam? A ousadia do atentado demonstra que o terror já está infiltrado na cúpula do poder. A tendência é o regime reagir com mais brutalidade, aumentando seu isolamento.
Hoje, a sobrevivência do presidente Sírio está nas mãos de China e Rússia — caso não seja morto num atentado ou deposto num golpe interno, hipótese remota porque a cúpula do Exército também pertence à minoria alauíta, a exemplo do presidente.

Apanhei bastante aqui quando observei, há alguns meses, que Assad enfrentava ações de caráter terrorista. A imprensa ocidental tende a ter uma visão edulcorada da tal “Primavera”.
Trata-a como se fosse um levante da sociedade civil contra um estado tirânico. Jamais se perguntou como, de repente, essa tal sociedade civil aparece munida de tanques, morteiros, fuzis…

Não é assim. Assad, o ditador, enfrenta guerra civil e o extremismo sunita, o que é uma ironia: o governo sírio é um notório financiador de grupos terroristas.

Por Reinaldo Azevedo
18 de julho de 2012

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