"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 2 de agosto de 2012

CESARE BATTISTI INTERPELA POLÍBIO BRAGA EM PORTO ALEGRE: 'O SENHOR É O JORNALISTA DA ÉTICA PRÓPRIA?!`

O jornalista gaúcho Políbio Braga tem feito muitas críticas ao governador gaúcho Tarso Genro. especialmente quanto à acolhida que ele garante ao refugiado italiano em Porto Alegre. De repente, Políbio e Battisti se encontram.

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UMA QUESTÃO DE ÉTICA
O ex-terrorista e assassino italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália e refugiado no Brasil por iniciativa do atual governador Tarso Genro (Tarso era ministro da Justiça quando concedeu abrigo a um dos homens mais procurados pela Interpol), passou por Porto Alegre neste sábado e dirigiu-se imediatamente para Caxias do Sul, onde manteve reunião com escasso grupo de ativistas e simpatizantes da esquerda gaúcha, a pretexto de autografar um dos seus livros.Cesare Battisti era dirigente do movimento Proletários Armados pelo Comunismo, o PAC. Ele assassinou quatro pessoas que nem militância política tinham.

. A Livraria Arco da Velha, onde sairia a sessão de autógrafos deste sábado, suspendeu o evento na sexta-feira, depois de ter recebido ameaças, mas os promotores da viagem buscaram outro local e não fizeram divulgação pública. Em Caxias, pouca gente sabe da visita.

. O editor saía do carro no bairro Santa Cecília, Porto Alegre, quando encontrou o carro Honda, prata, que conduzia Battisti, estacionado num supermercado, em companhia de dois homens e uma mulher, a motorista.

Ele saiu do veículo, dirigiu-se ao editor e teve início uma áspera troca de palavras:

- Então, você é que é o jornalista que tem sua ética própria para tratar de política?

Achei surpreendente a decisão de Battisti de me interpelar e querer discutir ética comigo. E respondi:

- A minha ética não é a sua ética (a ética do bandido), conforme já ficou provado nas suas sentenças de condenação.

O italiano é frio, calculista e impassível. Ele não se alterou uma única vez e nem demonstrou nervosismo, não elevou a voz e nem fez gestos bruscos. Foi tudo na medida.
A conversa foi muito curta, áspera, mas sem troca de insultos, tudo quanto permite um encontro inesperado deste tipo. Foi presenciada também pelo jornalista Olides Canton, que fotografou o encontro, e vigiada de perto por seguranças que protegiam o italiano.

Cesare Battisti, cujo benfeitor brasileiro é o governador do RS, Tarso Genro, tem feito viagens frequentes ao Estado, sempre mantendo atividades políticas, sob a falsa alegação de “atividade cultural”.

Battisti é ex-terrorista e assassino, foi condenado à prisão perpétua na Itália e encontrou refúgio no Brasil. Se sair daqui, será preso e deportado para Roma.

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