"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

FLAUTISTA ALTAMIRO CARRILHO MORRE AOS 87 ANOS

Músico estava internado há cerca de um mês em uma clínica em Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Causa da morte ainda não foi divulgada


Altamiro (Foto: Arquivo/ Agência O Globo)
Morreu na manhã desta quarta-feira (15), no Rio de Janeiro, o flautista Altamiro Carrilho, aos 87 anos. Na segunda-feira (13) ele passou mal e foi levado para uma clínica particular em Laranjeiras, na Zona Sul. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Ainda não há informações sobre o enterro do músico e compositor. Segundo a família, Altamiro esteve internado durante muito tempo com problemas pulmonares, que o deixaram bastante debilitado. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital São Lucas, no Rio, Carrilho esteve internado entre 7 e 24 de julho. No dia 27, retornou para um atendimento, mas voltou para casa. Seu quadro era de neoplasia pulmonar.

Nascido em 21 de dezembro de 1924 na cidade fluminense de Santo Antonio de Pádua, Altamiro Carrilho foi um dos maiores divulgadores do choro brasileiro, no país e no exterior. Fez shows em 48 países. Em seu “Dicionário MPB”, o historiador Ricardo Cravo Albin define Carrilho com “uma lenda viva do choro”.

Virtuose na flauta transversal, o músico gravou, ao longo da carreira iniciada na década de 40, mais de cem discos e foi autor de cerca de 200 composições do gênero que o consagrou, entre elas “Bem Brasil”, “Cheio de Moral”, “Flauta Chorona” e “Canarinho Teimoso”.

O primeiro disco de Altamiro foi "A bordo do Vera Cruz", de 1949. Nos anos seguintes, gravou trabalhos como "Choros imortais" (1964), "Clássicos do choro" (1979) e "Pixinguinha de novo" (1998). Em 1938, foi membro da Banda Lira de Arion, na qual tocava caixa. Quando passou a tocar flauta, foi destaque do programa de calouros de Ary Barroso.

Filho de Lyra de Aquino Carrilho e do dentista Octacilio Gonçalves Carrilho, o músico tinha sete irmãos, incluindo o também flautista Álvaro Carrilho. O corpo de Altamiro Carrilho será velado na Câmara de Vereadores do Rio.

15 de agosto de 2012
REDAÇÃO ÉPOCA COM AGÊNCIA BRASIL, G1 E AGÊNCIA O GLOBO

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