"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

NOSSA IMPRENSA DESVAIRADA ( 2 )

A propósito, a edição on line de Veja, de 27 de agosto de 2010, publicava:
Pesquisadores tentam curar a enfisema com células-tronco

Tratamento, além de estimular a formação de células saudáveis no pulmão, proporcionou melhora no coração

Marco Túlio Pires, de Águas de Lindóia

A enfisema está no grupo de doenças responsáveis pela terceira maior causa de mortes no mundo

A enfisema é uma doença que destrói permanentemente a superfície que faz a troca gasosa dentro do pulmão, do oxigênio pelo gás carbônico. Sem ela, o indivíduo vai perdendo gradativamente a capacidade de respirar. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a enfisema está no grupo de doenças responsáveis pela terceira maior causa de mortes no mundo. Só nos Estados Unidos, 32 bilhões de dólares são gastos todo ano para o tratamento dessas doenças. Agora, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está utilizando células-tronco da medula óssea para recuperar pulmões afetados pelos danos permanentes e pelos vários estágios da doença.

Um dos maiores problemas para se tratar a enfisema pulmonar, segundo a médica Patrícia Rocco, chefe do Laboratório de Investigação Pulmonar e do Programa de Terapia Celular e Bioengenharia da UFRJ, é o estado em que o paciente chega ao consultório. “Normalmente o indivíduo procura o médico em um estágio avançado da doença, quando ele passa a tossir”. Depois de um certo tempo, a enfisema é responsável pelo agravamento em outros órgãos, como o coração e os músculos das pernas e braços. “Ela passa a ser uma doença que atinge todo o corpo, e não apenas o pulmão”. Isso quer dizer que foi preciso desenvolver um modelo em laboratório que recriasse, em animais, os mesmos sintômas crônicos e leves causados pela enfisema em vários órgãos, incluindo o coração e os músculos.

Depois de 10 anos, a equipe de Patrícia, também formada pelo médico Marcelo Morales, presidente da Federação Latino Americana de Sociedades de Biofísica, conseguiu recriar esses vários estágios da enfisema, leves e graves em ratos, e fizeram um registro de cada uma dessas etapas. “Agora temos uma boa ideia de como a doença evolui e poderemos investir em tratamentos diferenciados para seres humanos”, afirma Morales. Ele explica que foi uma tarefa muito difícil induzir a doença nos animais de forma que todos os sintomas da doença se manifestassem. “Se induzirmos a enfisema no pulmão, mas não no resto do corpo, isso impede que a pesquisa traga reais benefícios para os seres humanos”.
 
03 de agosto de 2012
janer cristaldo

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