"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

LULA IRRITADO COM O MENSALÃO QUE NÃO VIROU PIADA DE SALÃO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não vai assistir pela TV ao julgamento do mensalão, maior escândalo político de seu governo. Além da negativa, Lula não quis comentar o caso. "Tenho mais coisa para fazer. Quem tem de assistir são os advogados", disse Lula, durante solenidade em um hotel na zona sul de São Paulo, onde recebeu homenagem de produtores de biodiesel.
 
Diante da insistência dos repórteres sobre o motivo de deixar o processo em segundo plano, o ex-presidente respondeu: "Porque tenho que trabalhar, meu filho". Após a solenidade, foi para o Instituto Lula, onde se reuniu por duas horas com o marqueteiro João Santana, responsável pela campanha de Fernando Haddad (PT), que patina nas pesquisas.

Ministros petistas de Dilma Rousseff começaram o dia disparando telefonemas aos correligionários réus.O deputado João Paulo Cunha (SP) soltou um "que Deus nos proteja" numa conversa. José Dirceu, maior personalidade do julgamento, não atendeu ao telefone.
Professor Luizinho, líder do governo na época do mensalão, foi convencido a deixar Brasília horas antes do julgamento.
 
A exemplo dele, o ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA) não passou perto do Supremo, embora estivesse na cidade.
Também foi aconselhado a não sair de casa. Militantes petistas foram orientados a não fazer manifestação na porta do tribunal.
 
Do outro lado da praça dos Três Poderes, Dilma cumpriu agenda e deu espiadelas na transmissão pela TV. Nos corredores do Palácio do Planalto, dizia-se que setores da mídia exigem a condenação do PT e o impedimento do ministro José Antonio Dias Toffoli, ex-advogado do partido.
 
(Folha de São Paulo)
 
03 de agosto de 2012
in coroneLeaks

Nenhum comentário:

Postar um comentário