"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 16 de setembro de 2012

A PRESENÇA DE BIN LADEN NO ATAQUE AO CONSULADO DOS EUA NA LÍBIA

 

As agências internacionais destacam que o ataque ao consulado norte-americano em Benghazi, no Leste da Líbia, foi promovido para vingar a morte do número 2 da Al Qaeda, Abu Yahya Al Libi, de acordo com comunicado do ramo iemenita da rede extremista.

Abu Yahya Al Libi foi morto no início de junho, no Paquistão, em ataque de um avião não tripulado norte-americano.


Laden segue inspirando os islamitas

A nota da Al Qaeda, divulgada pelo centro norte-americano de vigilância dos sites islâmicos, diz que a morte do xeque Abu Yahya Al Libi “estimulou o entusiasmo e a determinação dos filhos de Omar Al Mokhtar [líder da resistência líbia contra a colonização italiana] a se vingarem dos que ridicularizaram e atacaram o nosso profeta”.

O ataque ao consulado coincidiu com os 11 anos dos atentados de 11 de Setembro de 2001, nos Estados Unidos, e causou a morte de quatro norte-americanos, incluindo o embaixador Chris Stevens.

O ataque foi desfechado em meio a um protesto contra o filme “Inocência dos Muçulmanos”, feito nos Estados Unidos, que retrata a vida do profeta Maomé e é considerado insultuoso pelos islamitas.

“O levantamento do nosso povo na Líbia, no Egito e no Iêmen contra a América e suas embaixadas é um sinal para indicar aos Estados Unidos que a sua guerra não é contra grupos e organizações (…) mas contra a nação islâmica que se levantou contra a injustiça, a fraqueza”, acrescenta o comunicado.

Matar Bin Laden talvez tenha sido um erro estratégico dos EUA.
Não houve resistência à invasão de sua casa, ele foi executado sumariamente.

Mas sua imagem está destinada a viver para sempre, como um El Cid muçulmano, amarrado ao cavalo e incentivando suas tropas. Enquanto não houver paz entre islamitas e cristãos, Bin Laden continuará a nos ameaçar.
16 de setembro de 2012

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