"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 6 de setembro de 2012

ASCENSÃO E QUEDA DE UMA NOBRE JUSTIÇA

 

Os estudiosos da performance do Judiciário vaticinam que o atual modelo de justiça é um aglomerado de leis, a maioria aplicada de forma errada pelos seus operadores estatais e outras debilitadas e fadadas a cada dia mais mergulhar no caos inaceitável, diria eu de que neste momento já estamos convivendo com um aberratio juris.


 Em 2008 o Judiciário brasileiro gastou R$ 177,04 por brasileiro. No ano anterior, foi registrado o custo de R$ 158,87 por habitante. Hoje se fala extraoficialmente em R$$ 294,00. Embora os gastos e a demanda tenham aumentado, em 2007, havia 15.623 juízes, hoje são 18 mil e a demanda de ações cresceu em torno de 20%, com o Judiciário mergulhado em 88 milhões de ações (dados do Conselho Nacional de Justiça).

Em 2008 os tribunais e varas de todo país gastaram (números do CNJ) R$ 33,5 bilhões para funcionar, em 2007 o gasto foi de R$ 29,2 bilhões, e na medida em que chegam mais processos no judiciário, a despesa aumenta, segundo as estimativas para 2012, é de que este ano serão gastos R$ 97 bilhões com o judiciário.

Existe um anacronismo quanto aos serviços/custo beneficio dos serviços da máquina administrativa dos tribunais, começando com o gasto com servidores e magistrados, hoje em torno de 93% do total do orçamento. Não é preciso dizer mais nada.
06 de setembro de 2012
Roberto Monteiro Pinho

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