"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 2 de dezembro de 2012

ESTADO DE SAÚDE DE HUGO CHÁVEZ PIORRA E JÁ SE FALA EM UMA TRANSIÇÃO PARA ERA PÓS-CHAVISMO


 
Chávez permanece internado em UTI de hospital cubano
A deterioração dos estado de saúde do caudilho Hugo Chávea, que continua internado no hospital CIMEQ, em Havana, a capital de Cuba, sob um manto de absoluto segredo, estaria acelerando a busca de mecanismos para garantir algum tipo de transição ordenada na Venezuela, num momento em que o risco de violência polítia e o espectro de dificuldades econômicas exercem pressão sobre os atores do governo para criar linhas de entendimento com a oposição, segundo reportagem do jornal El Nuevo Herald, de autoria dos jornalista Antonio Maria Delgado.

Analistas consultados por esse jornal editador em Miami (EEUU), disseram que existe um crescente números de sinais que mostrama existência de um discreto movimento envolvendo integrantes do chavismo e da oposição a fim de evitar que a eventual separação de Chávez do poder impulsione a polarizada Venezuela em direção a um estado de violência.

Todavia, os especialistas consultados pela reportagem também advertiram que esses esforços entrentam obstáculos pela desconfiança que gira em torno das verdadeiras pretensões da liderança chavista, que ao conta com o quased total monopólio sobre as estruturas do poder, poderia somente estar disposta a oferecer à oposição espaços reduzidos de existência para manter uma fachada de democracia.

Ainda assim, a eventual separação de Chávez dos poder apresenta grandes problemas para o chavismo, ante o fato de que por anos o líder da revolução bolivariana acumulou um prestígio que lhe permitia suportar internacionalmente as insistentes acusações de que seu governo se transfomou numa ditadura.

É um prestígio do qual não desfrutam os potenciais herdeiros do chavismo - encabeçados pelo presidente da Assembléia Nacional, Diosdado Cabello, e o vice-presidente e chanceler, Nicolás Madura, que enfrentam previsões de um cenário econômico muito difícil para os próximos meses, como resultado da desordem das finanças públicas acumulada nos últimos anos.

Esse cenário, que haveria de agravar o crescente descontentamento popular - visível atualmente nas centenas de manifestações de protestos que se registram todos os meses na Venezuela - estaria impulsionando o chavismo a tratar de iniciar um diálogo com a oposição -, disse Rafael Poleo, proprietário da revista Zeta e do diário El Nuevo País.

"Isto tem as características de ser o começo de uma transição, buscando uma área comum com a oposição, um pouco à margem de Chávez, porque a situação que vem é trementa na área econômica. O que se busca é a normalização da vida política do país, em direção a um modelo político civilizado" - disse Poleo em Miami.

Transcrevo a parte inicial da reportagem do jornal El Nuevo Herald no original em espanhol, com link para leitura completa:

EN ESPAÑOL El deterioro en la salud del presidente Hugo Chávez, quien recibe atención médica en Cuba bajo un pesado manto de secretismo, estaría acelerando la búsqueda de mecanismos para garantizar algún tipo de transición ordenada en Venezuela, en momentos en que el riesgo de violencia política y el espectro de dificultades económicas ejercen presión sobre actores del gobierno para forjar líneas de entendimiento con la oposición.

Analistas consultados por El Nuevo Herald dijeron que existe un creciente número de señales que muestran la existencia de un delicado baile entre integrantes del chavismo y de la oposición para tratar de evitar que la eventual separación de Chávez del poder empuje a la polarizada Venezuela hacia una era de violencia.

No obstante, los expertos consultados también advirtieron que esos esfuerzos son obstaculizados por la desconfianza que gira en torno a las verdaderas pretensiones del liderazgo chavista, que al contar con casi un total monopolio sobre las estructuras del poder, podría solo estar dispuesta a ofrecer a la oposición espacios residuales de existencia para mantener una fachada de democracia.

Aún así, los prospectos de una separación de Chávez del poder presenta grandes problemas para el chavismo, ante el hecho de que por años el líder de la Revolución Bolivariana había acumulado un prestigio que le permitía soportar internacionalmente las insistentes acusaciones que pese a su legitimidad de origen su gobierno se había convertido en una dictadura.

Es un prestigio del cual no disfrutan los potenciales herederos del chavismo —encabezados por el presidente de la Asamblea Nacional, Diosdado Cabello, y el vicepresidente y Canciller, Nicolás Maduro, quienes además enfrentan proyecciones de un escenario económico muy difícil para los próximos meses, por efecto del desorden de las finanzas públicas acumulados en los últimos años.

Ese escenario, que habría de agravar el creciente descontento popular —visible actualmente en las cientos de manifestaciones de protestas que se registran todos los meses en Venezuela— estaría impulsando al chavismo a tratar de entablar el diálogo con la oposición, dijo Rafael Poleo, dueño de la Revista Zeta y el diario El Nuevo País.

“Esto tiene las características de ser el comienzo de una transición, buscando un área común con la oposición, un poco al margen de Chávez, porque la situación que les viene es tremenda en el área económica. Lo que se busca es la regularización de la vida política del país, hacía un modelo político civilizado”, dijo Poleo desde Miami.

Señales del chavismo
Las señales de que el chavismo busca un acercamiento con actores de la oposición han estado creciendo, en momentos en que aumenta la evidencia de que Chávez, quien padece de cáncer, ya no ejerce el mismo control sobre su revolución que ejercía antes.

Al mandatario se le ha visto muy poco desde que salió victorioso de los comicios presidenciales de octubre y llevaba 10 días sin que se le viera en las cámaras antes de que solicitara permiso para permanecer por tiempo indefinido en Cuba para recibir cuidado médicos.
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02 de dezembro de 2012
in aluizio amorim

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