"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 2 de dezembro de 2012

NOVO GOLPE DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CAPIMUNISTA E SEU PRODUTO INTERNO BURRO

 

A petralhagem no poder prepara um de seus golpes institucionais mais canalhas. O Ministério da Educação Capímunista (MEC) pede urgência à base amestrada do governo para criar um novo monstro burocrático mais perigoso que tiranossaurus-cabides-de-emprego. Trata-se do Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior.

A praga de inspiração soviética atenderá pela sigla Insaes. A futura autarquia do MEC terá mais de 500 funcionários – e muitos cargos em começão (perdão, comissão). O fato grave não se restringe em mais geração de empreguismo para a fanática companheirada – que devolve ao partido os 20% do dízimo salarial. O mais sério é que tal iniciativa burrocrático-aparelhadora pretende ser mais um instrumento de intervenção do Estado na iniciativa privada em Educação.

O grande mas pouco citado gestor das finanças petistas, Aloísio Mercadante Oliva, aquele que não usa o sobrenome do pai, um general de quatro estrelas ainda vivo e famoso da tal dita-dura, já ordenou aos “movimentos sociais” ligados ao PT e PC do B que pressionem o Congresso para criar, rapidinho, o Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior. O Insaes ditará sobre a abertura e fechamento de instituições e cursos. Seus “comissários funcionarão como inspetores no melhor estilo soviético. Deduram as faculdades dos “inimigos” político-empresariais, mas aliviam a dos “aliados”.

Além do Insaes, Mercadante e seus aloprados reguladores universitários já executam planos ainda mais capimunistas e intervencionistas contra os empresários que investem (e ganham dinheiro) em ensino (educação é outra coisa, geralmente esquecida aqui no Brazil).

O MEC fechou uma parceria com o Conselho de Administração de Defesa Econômica. O Ministério da Educação Capimunista recorreu à ajuda do CADE para intervir nos processos de compra, venda e fusões de empresas privadas de ensino superior.
O stalinismo administrativo, com certeza, agirá com rigor seletivo: aos amigos, tudo pode. Aos inimigos, nem a lei vale.

Inexiste autonomia universitária no Brasil. As universidades mantidas com o dinheiro público ainda conseguem brechas para alguma pretensa liberdade, aproveitando-se do fato de já fazerem parte do Aparelho Midiotizador do Estado (perdão Antônio Gramsci, perdão Louis Althusser, se me apropriei de conceitos originalmente concebidos por vocês!).

O pior acontece nas faculdades e universidades particulares. Elas sofrem intervenções diretas e brutais do MEC. Talvez seus dirigentes não estejam gritando tanto porque, indiretamente, também recebem muito dinheiro público, via os FIES (Financiamento do Ensino Superior) da vida...

Aliás, nada custa dar uma pausa para lembrar que o inconsciente coletivo brazileiro, midiotizado pelos processos coletivistas de imbecilização e entronização de conceitos falsos, embarca em uma das maiores farsas. Por aqui, mesmo muitos “intelectuais” defendem a tese de que “Educação é um dever do Estado”.

O princípio seria absolutamente verdadeiro se estivéssmos vivendo na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Dizem que elas acabaram. Mas a nossa cabeça capimunista continua a mesma...

Educação não é dever do Estado! A não ser na querida União Soviética! Educação é dever de cada Indivíduo, de cada cidadão, e, portanto, de toda a sociedade. O Estado não tem que se meter na Educação. Também não deveria se meter no ensino.


No entanto, o corrupto e incompetente Estado brasileiro, através de seu Ministério da Educação Capimunista, tem o vício totalitário de fiscalizar, controlar e ditar regrinhas o tempo todo. E vale sempre repetir que a intervenção obedece ao rigor seletivo. Amigos do rei, tudo ok; inimigos, nada permitido – a não ser sob o pagamento, por fora, de um mensalãozinho...

O Brasil precisa hoje, mais que nunca, que seus segmentos esclarecidos coloquem em prática uma grande campanha nacional pela Liberdade de Gestão na Educação.






A regra é simples. Quem é o principal cliente de uma universidade – seja pública ou privada? O aluno – que paga ou é financiado pelo Estado? Não! O cliente é a sociedade, as famílias que a compõem e os indivíduos que dela fazem parte e interagem. O problema é que nossa sociedade brasileira, por um equívoco de formação histórico-cultural, se confunde com o Estado... Por isso o Brasil é o Brazil – com a ajudinha da Oligarquia Financeira Transnacional que nos coloniza há séculos...

No meio de tanto intervencionismo estatal no ensino, surge mais uma demagogia. Dilma aceita sancionar a nova Lei dos Royalties do petróleo que promete destinar “para a Educação” 100% dos recursos arrecadados com o pré-sal (o ovo com ouro negro que ainda não se sabe como sairá da cloaca da galinha).

A tese resumida é bem simples. Não adianta jogar dinheiro na Educação sem um projeto correto e bem definido – e sem clareza de como tal grana será gerenciada.

O sistema educacional não funciona no Brasil. Motivos básicos: Má gestão e conceitos absolutamente fora do lugar. Qual a filosofia de nossa Educação? Quem conseguir responder ganha de presente uma empresa de petróleo!


Por isso, de nada adianta pegar o dinheiro que for e aplicar em um sistema que não funciona direito, porque seus gestores nem sabem como deveria funcionar de verdade. Jogar os royalties do pré-sal no sistema que aí está só vai gerar mais desperdício, corrupção e ineficiência, sem formar o indivíduo com a qualidade que precisamos para os desafios do desenvolvimento brasileiro.

Quase todo mundo concorda que a Educação é a primordial solução para o Brasil.

A Educação consiste na formação plena de um ser que saiba ler, escrever, observar, lembrar e pensar corretamente, com conceitos baseados na verdade, para agir democraticamente – com base na razão pública, respeitando o individual, cumprindo deveres e exercendo direitos dentro da lei e da ordem. O conceito é complicado, mas é este!

Não se pode confundir Educação com ensino. Educação vem da base familiar – este mesmo que o lixo globalitarista tenta destruir, tentando pregar que somos todos filhos de chocadeira, e que não precisamos de pai e mãe.


A Educação precisa e deve contar com um ensino de qualidade que cumpra a função de fazer alguém ler, escrever e interpretar para produzir, empreender e evoluir. Educação começa em casa. Mas deve contar com a ajuda de uma escola de excelência – que ensine de verdade. Infelizmente, temos poucas escolas assim no Brasil.

Há muito tempo, o ensino é dominado por ideologias que desrespeitam o ser humano e atentam contra suas liberdades fundamentais.

Os professores são mal ou bem formados em cima de bases teóricas prejudiciais ao sistema democrático. Os gestores escolares têm dois comportamentos muito comuns. Na área pública, se comportam como meros burocratas – tirando raríssimas almas. No setor privado, focam na busca pragmática do lucro – nem sempre fácil. Nos dois casos, raramente se preocupam com a qualidade do ensino e da Educação. Muitos nem fazem uma visitinha às salas de aula para saber como as coisas andam de verdade...

Em tal ambiente, os números de uma recente pesquisa encomendada pelo grupo britânico Pearson comprovam nossa tragédia.

Enquanto perdemos tempo editorial com Rosegates. Mensalões e outros escândalos que terão finais de impunidade – até porque os crimes, no final, sempre compensam financeiramente por aqui -, a consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU) revela a herança mais maldita de todos os nossos governos: o Brasil ocupa o penúltimo lugar em um ranking global de Educação que comparou 40 países. Ficamos na frente apenas da Indonésia e no mesmo bolo de Turquia, Argentina, Colômbia, Tailândia e México.

Até quando aceitaremos o título de “País de Tolos”?


Hoje temos uma mão de obra tão mal formada que inviabiliza qualquer projeto de desenvolvimento industrial. Nosso PIB devia ser chamado de Produto Interno Burro! Não é possível crescer com indivíduos que são analfabetos funcionais e políticos formados por escolas sem qualidade, mal gerenciadas, difusoras de modelos e conceitos errados e sem professores bem pagos e que entendam a verdadeira essência da Educação.
E tudo isso piora com a permanente intervenção do Ministério da Educação Capimunista.

A ditadura no ensino está matando o Brasil. Nossos jovens são fuzilados pelo Produto Interno da Burrice. Já está fertilizado o grande ovo podre da serpente capimunista, que pode gerar um regime ainda mais nazipetralha ou comunopetralha. O que mete mais medo é a criminosa omissão ou a imbecilidade dolosa de quem teria condições e dever de reagir contra o Ministério da Educação Capimunista.

Grandes redes particulares de ensino do Brazil não se prununciam, abertamente, sobre o assunto. O foco delas é crescer e ganhar cada vez mais dinheiro. Seus dirigentes se calam contra o MEC por qual motivo? Têm medinho de quê ou de quem?

É assustadora e vai custar muito cara a omissão criminosa de quem pode dar uma colaboração decisiva para implantar um modelo de ensino de qualidade no Brasil, com recursos mais privados que públicos. Neste ritmo, o País de Tolos vai se consolidar como a Pátria da Fulecagem – na qual chute de cabeça para cima é a regra do jogo cada vez mais sujo.

Para piorar – se é que isto é possível -, a mídia amestrada resolve centrar suas atenções no ataque ao Garanhão de Garanhuns. Não deveríamos nos importar quem é a suposta amante deste legítimo resultado de nosso Produto Interno Burro.

Teríamos, sim, que nos importar quem é o Amante da Educação disposto a nos ajudar a melhorar o ensino no Brasil. O resto é fulecagem...

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

02 de dezembro de 2012
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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