"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 1 de janeiro de 2013

NO LIMIAR DE 2013 - OUTRA VISÃO


"O sucesso de uma organização não é alcançado por meio de uma brilhante estratégia. É alcançado por meio de uma brilhante execução da estratégia. Na verdade, a execução da estratégia é mais importante do que a estratégia em si." (Robert Kaplan & David Norton)
Não sou doutor em economia, muito menos economista, sou engenheiro (UFRJ) e administrador (UFPR), mas tomo a liberdade de contrapor alguns argumentos ao que escreveu:

Interpretando o termo crise, vale a forma de ver dos japoneses, ameaça e oportunidade, mas nós não olhamos para as oportunidades que nos são apresentadas, temos inúmeros "brasis", temos uma realidade que nos traz a WEG, uma multinacional brasileira, que cresce ao redor do mundo e também aqui no Brasil, assim como temos o Mané da esquina, que vende suas "vinas", como os curitibanos chamam as salsichas.

Temos pensadores, como o Rodrigo Constantino que de forma brilhante nos recomenda ação, como bem apresenta em seu mais novo bestseller: Privatize Já!
http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/instituto-millenium/2012/12/05/rodri
go-constantino-privatize-ja/

http://www.youtube.com/watch?v=wKdKq4-0dmw

Se tem uma palavra que melhor define o Brasil ela é "desperdício", é de Norte a Sul e de Leste a Oeste, começa no campo da energia, não trabalhamos nossa matriz energética com um pouco de inteligência e não investimos em gestão e em conservação de energia. Se olharmos para os alimentos temos mais de um terço desperdiçado, assim vai...

Não entendemos a crise, colocamos a culpa no efeito e não nas causas, a norte-americana se deu pela interferência do Estado no mercado imobiliário, o resto veio por si, como a falta de fiscalização do Estado onde deveria atuar, coibindo os derivativos e impedindo o golpe bilionário do investidor Bernie Madoff.

Todo cidadão é voltado para o consumo, não é guiado para o consumo, consumir faz parte da natureza humana, tomar emprestado idem. Não podemos tirar a responsabilidade do cidadão norte-americano que hipotecava a casa para consumir mais, tomando empréstimos a juros baixos. Esta é uma reação natural, e também inteligente. O problema é quando todos começam a proceder assim.

E a renda deles não decrescia, muito pelo contrário, o poder de compra aumentava em razão de dois fatores, aumentaram os recursos e os preços da grande maioria dos produtos caia devido a queda do preço com a entrada da China e outros países na produção de bens de consumo. Assim como também tivemos ventos favoráveis no que se refere a produção de alimentos, pois com a globalização nunca os alimentos tiveram tão acessíveis.

O termo oligarquia me dá a impressão de que podemos aceitar que tenhamos um grupo controlando a economia mundial. Temos players internacionais, mas não chegam a ter todo este poder como é cantado pela esquerda alarmista.

A crise veio, cairam na real, o mundo é real, em especial aos socialistas da banda do mediterrâneo, que muitos indevidamente citam como crise européia, lá os socialistas, em especial na Grécia, acharam que estavam na Europa e isso lhes garantia um padrão sueco. Nada mais falso. Tiveram a oportunidade de conquistarem mercados, não o fizeram tomaram recursos emprestados, a farra dos políticos se deu, mas nem todos eles vivem na Islândia que deu um basta aos políticos e aos banqueiros, assim deveriam ter feito os gregos e os "trojanos". O problema é que a fatura veio salgada, como virá também aos brasileiros que se deixaram encantar pelo peta.

Os Estados Unidos estão saindo da crise, se não tivessem eleito um demagogo o caminho seria mais fácil, mas um Ronald Reagan foi único, soube recuperar a economia norte-ameircana para o Clinton e Johnny Walker Bush terem feito a festa.

O Japão está igualmente se recuperando, os japoneses, ao contrário dos latinos, o que inclui os latino-americanos, são disciplinados e sabem investir, tanto que em 2010, quando o Produto Interno Bruto (PIB) japonês voltou a crescer, havia amplas expectativas de que a trajetória de
recuperação seria mantida.

O desastre natural e nuclear que atingiu o país, entretanto, cobrou seu preço: a economia do país encolheu 0,9%, em grande parte por causa do terremoto e do tsunami, que mudaram completamente o cenário observado até aquele momento. A indústria sentiu o impacto, em especial devido ao desabastecimento nas montadoras. E o que fizemos em relação ao Japão, nada. Deveríamos ter fortalecido parcerias, já que podemos afirmar que as economias do Japão, Israel e Alemanha são complementares à brasileira. Em especial no que se refere ao turismo, segurança, defesa, alimentos e cadeia de produção.

Seguramente que a crise não é mundial, assim como não é européia e não no todo nos Estados Unidos. A China teve um crescimento fantástico porque se apoderou de tecnologia em curto espaço de tempo, mas ela não tem matéria-prima, como não tem os fatores que somente países livres como Hong Kong, Macau, Taiwan, etc. possuem. O passivo social é elevadíssimo, mas ela está colocando um Brasil no mercado de trabalho por ano.

A Índia está crescendo, muito se deve a maior aderêcnia ao livre mercado, mas a Rússia padece do mesmo mal do Brasil, além da Vodka, aqui a cachaça, lá, como cá o que mais se tem é corrupção, muito se deve à excessiva intervenção do estado na economia.

Não há como a China e esses países combinarem os respectivos mercados internos e as trocas regionais, pois são competitivos entre si e adotam o mesmo modelo, exceto foi com a Indonésia que acabou exaurindo suas reservas de petróleo, que como na Venezuela, padeceram do mal que Celso Furtado muito bem alertou, espero que sirva de alerta para os nossos políticos, mas pelo jeito isso não irá ocorrer, basta ver as disputas que fazem, agem como urubus.

Quanto aos grupos financeiros anglo-americanos, eles irão encontrar pela frente cada dia mais um mercado competitivo. Foi assim nos anos 90 quando os japoneses entraram no mercado mundial, em especial no mercado norte-americano, e lá entraram de forma pulverizada, tanto que não estão na relação dos 20 bancos mais sólidos do mundo: Toronto-Dominium Bank e National Bank of Canada (Canadá), United Overseas Bank e DBS Group Holdings (Cingapura), Hang Seng Bank (Hong Kong), Svenska Handelsanbanken (Suécia), Santander Brasil (Brasil), Standard Chartered (Reino Unido), JP Morgan Chase (EUA), China Construction Bank (China), Bradesco (Brasil), Crédit Suisse (Suíça), PNC Financial (EUA), Bank of Nova Scotia (Canada), Wkandinaviska Enskilda Bnaken (Suécia) e BB&T (EUA).

Entre os principais bancos japoneses, Mitsubishi UFJ, Mizuho, Sumitomo Trust, Sumitomo Mitsui, Resona e Chuo Mitsui Trust, temos os bancos Mitsubishi UFJ, Suimoto Mitsui e Mizuho concedendo mais de 2 bilhões de US$ aos países que foram destruídos pela esquerda festiva europeia, que se encontrava na Espanha, Grécia e Portugal, sem contar os irresponsáveis na Itália e Irlanda. Além disso temos o Banco de Tóquio-Mitsubishi UFJ que está a conceder empréstimos superios a US$ 1 bilhão para a PETROBRAS.

A questão é que o lucro é que impulsiona o mercado, assim como a inovação. O problema é que no Brasil se destroem os talentos, temos além do custo Brasil, graves problemas como a baixa qualidade de nossa educação. E ainda alimentamos o mais cruel mecanismo de concentração de renda:

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http://xa.yimg.com/kq/groups/13772711/1414949310/name/Um+dos+mais+cruéis+me
canismos+de+concentração+de+renda+no+Brasil+-+Cópia.pdf>

http://xa.yimg.com/kq/groups/13772711/1414949310/name/Um+dos+mais+cruéis+mec
anismos+de+concentração+de+renda+no+Brasil+-+Cópia.pdf

Mas o brasileiro continua sendo personagem principal dos livros de Plinio Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa e que dificilmente saberá ler Rodrigo Constantino, já que opta e oPTa pela ilusão, pela ilusão da demagogia, da oclocracia e do peta.

Realmente o socorro dos governos, em montantes que passam de US$ 30 trilhões, foi cruel, pois nada melhor que o mercado para premiar o competente e punir o incompetente. Se este montante fosso aplicado para fortalecer a concorrência a economia mundial teria se recuperado com mais velocidade. O problema é que o capitalismo de comparsas do genovês Guido Mantega é uma cópia mal feita do que ocorre em todo o mundo.

No Brasil, dizem haver democracia, mas desta só há teatro, aqui temos a oclocracia em curso, mas idiotas não sabem diferenciá-las:

Poucos brasileiros poderão ler e entender o que lá escrevi. Aqui deve continuar a farra peta do pão e do circo, o que tem feito muito bem a nossa presidente terceirizada.
Sempre, em toda história da humanidade, o que impulsionou o desenvolvimento foi a indústria bélica. Neste ponto recomendo que leia:

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http://xa.yimg.com/kq/groups/10758151/1615842951/name/Os+irrisórios+gastos+
com+a+Defesa+Nacional.pdf>
http://xa.yimg.com/kq/groups/10758151/1443561971/name/A+irracionalidade+dos+
gastos+militares.pdf

As armas não servem para destruir, mas sim para se defender, sendo o principal uso a persuasão. E este é um grave risco que corremos frente a nossa soberania. Mas o que fazer se nem mesmo os militares souberam entender esta questão. Com a quartelada que muitos chamam "Proclamação da República" o Brasil perdeu destaque no cenário mundial, quando tínhamos a segunda maior e melhor equipada esquadra do mundo.

O poder não vem do ouro e nem das armas, mas da educação, o ouro e as armas são efeito. Mas isso requer que se estude a história, por exemplo da Suíça.

Quanto as intervenções militares até pode ser que tenham aumentado, mas o número de conflitos reduziu significativamente. Assim como o número de mortes.

E se estamos para citar o Brasil, basta ver como perdemos a nossa soberania para a Bolívia, que hoje domina o tráfico de drogas no Brasil:
http://xa.yimg.com/kq/groups/10758151/1092829296/name/Drogas+e+a+violência+%C2%96+Um+debate+sem+respostas.pdf

O problema foi o peta passar a mão na cabeção e ter ajudado na eleição do índio cocalero. Mas contra isso ninguém se posiciona. O peta, somente por esta questão deveria ter sofrido impedimento e hoje estar na cadeia.

Quanto ao fato dos Estados Unidos "implantaram leis inconstitucionais, de repressão a nacionais e estrangeiros, que podem ser presos e torturados, sem ordem judicial" (Sic) isso se deve ao Johnny Walker Bush, foi eleito sendo patrocinado por dois grandes grupos norte-americanos, o do petróleo e o das armas.

Se na Espanha, Grécia, Inglaterra etc. têm sido reprimidas, mas não com armas, as manifestações de protesto dos que trabalham e dos desempregados, seguramente não estão sendo massacrados pelas políticas de "austeridade", pois elas, infelizmente é a ressaca depois da festa. Qual a razão de não citar a causa e só se ater ao efeito?

Realmente, "no Brasil tanto a situação econômica como a política inspiram sérios cuidados. E deveria preocupar-nos, ainda mais, isto: não se costuma perceber ou admitir que a grave doença de ambas não pode ser debelada senão a partir da eliminação de suas causas profundas e estruturais." (Sic) E esta é a razão pela qual devemos saber diminuir o tamanho do Estado no bolso e nas costas do contribuinte.

E aqui cabem quatro perguntas simples que os brasileiros não se dão conta em
responder:

1. Quais são as tarefas autênticas do Estado para que ele possa ser eficaz nos seus resultados?

2. Em que nível, federal, estadual ou municipal, devem ser realizado? E qual é o papel de cada poder?

3. Como controlar os gastos estatais e impedir que eles se expandam continuamente e que os recursos que deveriam ser destinados aos bens e serviços públicos não sejam retirados ou desviados por políticos e sindicalistas?

4. De onde são retirados estes recursos para que o Estado venha a cumprir seu papel? E o Estado será mais eficiente e eficaz que a iniciativa privada na alocação destes recursos?

Acaso não seria o caso de entendermos o que de fato leva uma nação a se desenvolver além do investimento correto em educação fundamental?

A prova do que escrevi pode ser confrontada relacionando-se os indicadores de liberdade com quaisquer outros indicadores sociais e econômicos que desejar:


1.   
"Index of Economic Freedom World Rankings" The Heritage Foundation.
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http://www.heritage.org/index/ranking.aspx> Descrição: Descrição:
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2.
"Economic Freedom of the World: Annual Report" do The Cato Institute.<http://www.cato.org/pubs/efw/> Descrição: Descrição: Descrição: Descrição:
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3.   
 
"Economic Freedom of the World: Annual Report" do Fraser Institute.<http://www.freetheworld.com/release.html> Descrição: Descrição: Descrição:
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Veja também:

Como enriquecemos: <
01 de janeiro de 2013
Gerhard Erich Boehme é Engenheiro

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