"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 9 de abril de 2013

DRIBLE PARLAMENTAR

Marco Feliciano condiciona renúncia e derruba falso moralismo do deputado dos dólares na cueca

 

Enganou-se de forma descomunal quem imaginou que Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, é um inocente que segue com ortodoxismo os dogmas da religião que abraçou. Para ingressar na seara política o cidadão não pode sequer pensar em ser um incauto.

Pressionado pelo líder do PT na Câmara, José Nobre Guimarães (CE), Feliciano disse que renuncia à presidência do colegiado se José Genoíno e João Paulo Cunha, mensaleiros condenados à prisão na Ação Penal 470, deixarem a Comissão de Constituição de Justiça, onde são membros titulares.

É importante ressaltar que, na esteira do escândalo dos dólares na cueca, o petista José Nobre não é a pessoa mais adequada para esse falso proselitismo moralista.

Independentemente da condição apresentada pelo presidente da CDHM, Marco Feliciano, José Genoíno e João Paulo Cunha não ferem o conjunto legal do País, uma vez que o deputado-pastor tem o direito constitucional de externar seu pensamento, enquanto os dois petistas ainda gozam da presunção da inocência por conta do não trânsito em julgado da sentença condenatória do Mensalão do PT.

Dessa fábula quase sem fim chega-se à conclusão que Marco Feliciano simplesmente desmontou o falso moralismo petista ao condicionar sua saída da presidência da Comissão.

09 de abril de 2013
ucho.info

Nenhum comentário:

Postar um comentário