"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 10 de maio de 2013

CAXIROLA, PICARETAGEM SÍMBOLO DA COPA DE 2014, É PROIBIDA EM SALVADOR. SALVE!!!

Chocalho criado por Carlinhos Brown é produzido pela multinacional The Marketing Store

 
 - Divulgação

A jogada milionária de marketing do cantor e compositor Carlinhos Brown de criar um instrumento musical símbolo da Copa de 2014 corre o risco de se transformar em um enorme prejuízo para ele e para as empresas envolvidas.

Uma reunião realizada em Salvador para decidir o esquema de segurança para o clássico Bahia e Vitória, no próximo domingo, na Arena Fonte Nova, determinou que a caxirola não poderá ser usada pela torcida.
A Polícia Militar informou que a proibição se estenderá a todas as partidas disputadas na capital baiana.

 A caxirola, que lembra o caxixi - espécie de chocalho feito de palha e sementes tocado junto com o berimbau -, está sendo fabricadas e distribuída sob responsabilidade da multinacional The Marketing Store e foram chanceladas pelo Ministério dos Esportes e pela Fifa como instrumento oficial das Copas das Confederações e do Mundo.
A produção é feita em plástico verde, feito a base de cana-de-açúcar, fabricado pela indústria petroquímica Braskem.

 A proibição foi decidida em reunião no quartel da PM da qual participaram representantes da corporação, do Ministério Público, Poder Judiciário, órgãos da Prefeitura, representantes dos dois clubes, líderes das torcidas e da Federação Baiana de Futebol.

A proibição deve-se a uma polêmica em torno do uso do instrumento iniciada no Ba-Vi  do dia 28 de abril, na Fonte Nova. Revoltada com o baixo desempenho do Bahia, que já perdia para o Vitória por 2 a 0 no primeiro tempo, os torcedores arremessaram centenas de caxirolas no gramado.

Os jogadores precisaram interromper a partida para retirar as caxirolas. Como punição o Bahia ficou sem a presença da torcida por dois jogos, além da aplicação de multa convertida em 500 quilos de alimentos não perecíveis  doados a instituição de caridade.

O fato ganhou repercussão nacional. No dia do jogo, a empresa responsável pela confecção e comercialização do equipamento, a americana Marketing Store, distribuiu 50 mil caxirolas entre as torcidas das duas equipes. O objetivo era o de promover e testar o uso do instrumento no estádio.

10 de maio de 2013
Heliana Frazão, especial para o Estadão

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