"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 1 de junho de 2013

COTAÇÃO DO DÓLAR DISPARA SINALIZANDO QUE INTERVENCIONISMO ESTATAL DO GOVERNO DO PT AFUGENTA INVESTIDORES E PARALISA ECONOMIA


 
Apesar da intervenção do Banco Central, o dólar à vista --referência para as negociações no mercado financeiro-- fechou essa sexta-feira (31) em alta de 1,3% em relação ao real, cotado em R$ 2,137 na venda. É a maior cotação de fechamento desde 5 de maio de 2009, quando ficou em R$ 2,153.
 
Na semana, o dólar à vista acumulou ganho de 4,02% e, no mês, de 6,8%.
Depois de subir quase 1,7% pela manhã, o Banco Central promoveu no início da tarde um leilão de swap tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro-- quando a cotação da moeda no mercado à vista chegou a R$ 2,145 na venda. Foi a primeira intervenção do BC no câmbio desde 27 de março.
 
A operação ocorreu dois dias depois de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmar que o governo não usaria o mercado de câmbio como instrumento para controlar a inflação.
 
O dólar comercial --utilizado no comércio exterior-- fechou esta sexta-feira com valorização de 1,37%, para R$ 2,143 na venda.
 
No leilão de hoje, foram ofertados 30 mil contratos com vencimento em 1º de julho de 2013, dos quais 17.600 foram vendidos. A operação movimentou US$ 876,7 milhões.
 
"O que parece é que a intenção do BC foi apenas amenizar a alta do dólar. Isso porque, se ele quisesse, teria aceitado as ofertas para vender todos os contratos que foram colocados a venda, e não apenas 59% do total", afirma Hideaki Ilha, operador de câmbio da Fair Corretora.
 
A cotação do dólar chegou a subir quase 1,7% pela manhã, reduziu para 0,5% após o leilão do BC, mas voltou a subir no decorrer da tarde.
 
O dia foi marcado pela formação da ptax --taxa que é usada como referência na liquidação de diversos contratos de câmbio--, o que tende a estimular para cima a cotação da moeda, segundo operadores.
 
A alta do dólar também ocorreu depois da elevação na taxa básica de juros nacional --a Selic-- de 7,5% para 8% ao ano, conforme decisão do BC na última quarta-feira.
 
"Geralmente, o dólar cai em cenário de elevação dos juros. O que estamos vendo, porém, é que os investidores, especialmente os estrangeiros, não estão conseguindo confiar em nossa economia. Eles estão evitando aplicar no Brasil, preferindo colocar seus recursos em mercados com uma política econômica mais estável", diz Ilha.
 
Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, a entrada de dólares no país seguirá fragilizada, mesmo com uma Selic maior, por causa do intervencionismo do governo Dilma na economia.
 
Tal intervencionismo impediu a Petrobras de subir a gasolina, fez os bancos públicos reduzirem juros para forçar competição com os privados, diminuiu o ganho das empresas de energia para tornar mais barato o custo da eletricidade e promoveu o corte de uma série de impostos.
 
"Os investidores internacionais veem o governo interferindo em diversos segmentos da economia constantemente. Isso assusta e afasta os estrangeiros do país. Eles [os investidores internacionais] acabam colocando recursos em mercados com rentabilidade menor, mas com uma gestão política mais confiável."
 
01 de junho de 2013
in aluizio amorim

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