"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 1 de junho de 2013

FUNAI E MINISTÉRIO DA JUSTIÇA NÃO PARAM DE MENTIR PARA DILMA E GLEISI


 
A audiência de conciliação, um dia antes da reintegração: ali os índios foram informados, diante da FUNAI, MPF, CNJ e CIMI, que deveriam sair da fazenda invadida. Todos sabiam!

Mas a FUNAI e Ministério da Justiça continuam mentindo para a Imprensa, para Dilma e para Gleisi Hoffmann. 

O que se lê na imprensa é que a FUNAI e até mesmo o ministro da Justiça lamentam que não tenha havido negociação antes da reintegração de posse da Fazenda Buritis, em Siderópolis, MS, onde um índio morreu em conflito armado com a polícia. Santo Deus! Como podem mentir tanto? A reintegração de posse foi postergada pelo juiz, que concedeu mais 10 dias para as negociações entre as partes. Na véspera da retomada de uma propriedade privada, houve uma audiência conduzida pelo juiz Ronaldo José da Silva, da 1ª Vara Federal em Siderópolis, da qual participaram o proprietário Ricardo Bacha (legítimo proprietário da área desde 1927!) e quatro lideranças terena, com suporte de advogado da Funai. Também participaram um procurador federal e o desembargador Sérgio Fernandes Martins, representante do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e presidente do Comitê Fundiário Nacional. Ou seja, estavam presentes a FUNAI, o CIMI, o CNJ e o MPF. Como é que não sabiam que haveria reintegração, se ao final a eles foi informado que ela ocorreria?

 
Durante a audiência, em atitude hostil e de ostensivo desafio à Justiça, os caciques que lideravam a ocupação das fazendas Cambará e Buriti, em Sidrolândia, entregaram carta ao juiz federal Ronaldo José da Silva, informando que não deixariam as propriedades, mesmo que houvesse uma sentença de reintegração de posse favorável aos proprietários. Às portas da sala de audiências, o oficial de justiça Marcello Mendes aguardava o término da reunião para ser enviado ou não para entregar mais um mandado de reintegração de posse. Declarou à imprensa: “Desde o dia 15 já fui entregar quatro pedidos”. Novamente a pergunta: como é que a FUNAI não estava informada, se o seu advogado estava na audiência?

Como não houve acordo entre fazendeiros e os terena,  a Justiça determinou a reintegração de posse imediata da fazenda Buriti, ocupada pelos índios  desde a madrugada do último dia 15. .O delegado Alcídio de Souza Araujo informou que a reintegração só seria cumprida após a intimação oficial da Justiça. E lá se foi o oficial de Justiça Marcello Mendes entregar a quinta intimação. Mas a FUNAI e o Ministro da Justiça insistem que não sabiam. E a Presidente da República continua sendo enganada e sem tomar a única decisão que pode impedir mais mortes no campo: suspender imediatamente as demarcações até o que o STF julgue o caso e determine como elas devem ser feitas. A dúvida que fica é: está mal informada ou mal intencionada? Os próximos dias dirão.

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