"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 17 de junho de 2013

PT TENTA DESQUALIFICAR A GRANDE VAIA NA DILMA


O ministro-chefe da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, disse nesta segunda-feira, 17, que o governo em geral e a presidente Dilma Rousseff estão "preocupados" com as manifestações, mas pediu que "ninguém se precipite a tirar proveito político de um lado ou de outro, para que não se tire conclusões apressadas".
Perguntado se o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que é possível candidato ao governo de São Paulo, já havia politizado a questão, Gilberto respondeu: "Escrevam isso. O Cardozo não é candidato ao governo de São Paulo. Ele é ministro da Justiça e falou como ministro. Essa politização não é boa. Ele foi prudente". E emendou: "ele fala como ministro da Justiça e eu, do diálogo".

A maior do preocupação do Planalto é que as manifestações são "difusas" e "crescentes" por todo País, sem liderança específica e por diversas motivações. Segundo Gilberto, o governo vai dialogar com os movimentos e ressaltou que a orientação é para as polícias evitarem violência. Mas ressalvou que "não vamos nos furtar de assegurar a lei e a ordem, mas de maneira pacífica e negociada".

Sobre as vaias à presidente Dilma, no sábado, na abertura da Copa das Confederações, o ministro Gilberto declarou: "houve vaias no estádio e, no mesmo momento, um grande aplauso à presidente Dilma aqui nos telões. Quase 200 mil pessoas aqui na Praça aplaudindo. Democracia é assim. Ditadura é que é fácil", afirmou.

Carvalho recebeu nesta tarde, no Planalto, representantes do movimento "Copa para quem?" que vieram denunciar o cerceamento da liberdade de expressão do grupo, a perseguição política dos funcionários públicos do Governo do Distrito Federal (GDF) que participaram das passeatas e a criminalização dos integrantes das mobilizações.
Em entrevista, Gilberto Carvalho falou da preocupação do governo com as movimentações crescentes e disse que "é preciso traduzir" o que está acontecendo no País, já que os movimentos são por diferentes motivos e em várias cidades e feitos por distintas lideranças.

Ao explicar a preocupação do Planalto com as manifestações, Gilberto Carvalho disse que elas devem chamar a atenção de todos do governo e nos levar a fazer perguntas.
"Os grandes eventos não vão ser colocados em risco de maneira nenhuma", assegurou Gilberto, acrescentando que será preciso fazer um esclarecimento sobre tudo que está sendo feito para a população, que ficará de legado, como resultado da Copa, mostrando isso.
(Estadão)
 
17 de junho de 2013
in coroneLeaks

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