"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 23 de julho de 2013

BRASIL TEM PIOR SEMESTRE EM TRANSAÇÕES COM O EXTERIOR DESDE 1995


 

O saldo negativo nas transações correntes do Brasil com o exterior somou US$ 4 bilhões em junho, valor pouco menor que o registrado um ano antes (US$ 4,4 bilhões) e mais baixo que o projetado pelo Banco Central (US$ 5,4 bilhões) para o mês.
 
No primeiro semestre, o deficit soma US$ 43,5 bilhões, maior valor para o período desde 1995 --data do primeiro ano com a série completa após a implementação do Plano Real-- e 72% superior ao rombo registrado de janeiro a junho de 2012 (US$ 25,2 bilhões).
 
O dado supera, portanto, 1998, quando o país quase foi à moratória, 2002, quando houve crise de confiança, e 2009, na sequência da crise econômica mundial.
 
Esse número reflete um desempenho fraco da balança comercial, que é influenciado por uma queda nas exportações e por um aumento das importações e também sofre impacto de uma mudança na forma de a Petrobras registrar suas compras de combustível no exterior no ano passado, o que levou parte dessas aquisições a só ser incluída nos dados oficias em 2013.
 
Essas transações incluem as trocas comerciais de bens e serviços, como viagens e aluguéis de equipamentos, mais as transferências de renda, como remessa de lucros e pagamento de juros.
 
INVESTIMENTOS
 
Já a conta capital e financeira --que registra a entrada e saída de investimentos no país-- ficou positiva em junho em US$ 2,7 bilhões, não sendo suficiente portanto para cobrir o deficit nas transações correntes.
 
O dessa conta destaque ficou pela entrada forte de investimento produtivo e de recursos para aplicação em renda fixa, que somaram US$ 7,2 bilhões cada. O fluxo expressivo de investimentos para títulos de renda fixa refletiu a retirada do impostos sobre investimentos estrangeiros nessas aplicações em 5 de junho.
 
Por outro lado, houve forte saída de recursos que estavam investidos em ações (US$ 3,7 bilhões).

23 de julho de 2013
MARIANA SCHREIBER - UOL

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